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Condomínio é flagrado furtando água há 8 anos em Gravatá; proprietária é presa em flagrante

Compesa descobre esquema de desvio de água envolvendo condomínio e obra vizinha da mesma proprietária; prejuízo estimado ultrapassa R$ 81 mil e caso gera alerta para outros condomínios.

Diário de Pernambuco
Condomínio é flagrado furtando água há 8 anos em Gravatá; proprietária é presa em flagrante Foto: Reprodução

Condomínio é flagrado furtando água há oito anos em Gravatá; proprietária é presa em flagrante

Por Redação | Gravatá (PE), 12 de junho de 2025

Um condomínio residencial localizado em Gravatá, no Agreste de Pernambuco, foi flagrado furtando água da rede pública por, ao menos, oito anos. A descoberta foi feita durante uma operação de fiscalização da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), realizada na última terça-feira (11), e culminou com a prisão em flagrante da proprietária do imóvel, que também é responsável por uma obra vizinha com ligação clandestina.

De acordo com a Compesa, a ligação irregular abastecia os seis apartamentos do condomínio mesmo após o corte oficial do fornecimento por inadimplência, há anos. A prática criminosa passou despercebida até a intensificação das vistorias técnicas na região, com o objetivo de identificar perdas e fraudes no sistema de abastecimento.

Durante a ação, os técnicos também identificaram uma segunda ligação clandestina em uma construção ao lado, pertencente à mesma mulher. Segundo a companhia, essa nova estrutura vinha desviando água de forma ilegal há cerca de um ano. Juntas, as duas fraudes consumiam aproximadamente 170 metros cúbicos de água por mês — o equivalente a 170 mil litros, volume suficiente para abastecer 17 residências com quatro moradores no mesmo período.

Prejuízo público e sanções legais

O prejuízo acumulado aos cofres públicos é estimado em R$ 81 mil, considerando o volume de água desviado ao longo do tempo. Além da retirada imediata das ligações irregulares, a Compesa emitiu uma multa no valor de R$ 17 mil e registrou um boletim de ocorrência na Delegacia de Gravatá.

A proprietária foi encaminhada à delegacia da cidade, onde foi autuada por furto qualificado e por atentado contra o funcionamento de serviço público, com base nos artigos 155 e 265 do Código Penal Brasileiro. As infrações podem resultar em penas que variam de um a cinco anos de reclusão, além de multa.

Segundo a Compesa, casos como esse não apenas representam crimes contra o patrimônio público, como também comprometem o funcionamento adequado do sistema de abastecimento da cidade, afetando o fornecimento de água para hospitais, escolas, creches, unidades de saúde e outros serviços essenciais.

Reflexo para outros condomínios

Em nota, a companhia alertou que as ligações clandestinas impactam diretamente a qualidade do serviço e podem provocar quedas de pressão ou desabastecimento em bairros inteiros. A Compesa reforçou que continuará com as operações de fiscalização em condomínios e imóveis particulares, especialmente em regiões com altos índices de consumo e inadimplência.

A situação acende um alerta para gestores e síndicos condominiais, que podem ser responsabilizados civil e criminalmente em casos de conivência, omissão ou benefício com ligações ilegais. A empresa recomenda que todos os condomínios façam auditorias periódicas nos sistemas hidráulicos, instalem hidrômetros individualizados e mantenham regularizada sua situação junto à concessionária.

Após a remoção das conexões clandestinas, o fornecimento de água foi normalizado na rua onde o imóvel está localizado.




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