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Síndica é acusada de injúria racial contra casal em condomínio de BH após corte de energia

Casal denunciou ofensas racistas como “pobres e macacos” após religar geladeira em extensão no corredor. Polícia Civil investiga o caso como crime de injúria racial.

O Tempo
Síndica é acusada de injúria racial contra casal em condomínio de BH após corte de energia Foto: Reprodução

Síndica é acusada de injúria racial contra casal em condomínio de BH após corte de energia

Um grave caso de injúria racial foi registrado em um condomínio localizado no bairro Santa Mônica, na região de Venda Nova, em Belo Horizonte (MG), na noite da última quarta-feira (17). Segundo o Boletim de Ocorrência, a síndica do edifício, de 66 anos, teria ofendido um casal de inquilinos com frases racistas após a interrupção no fornecimento de energia elétrica do imóvel onde residem.

O casal, de 31 e 32 anos, mora de aluguel no condomínio e enfrentou um corte de energia na terça-feira (16), devido ao não pagamento de duas contas pendentes, deixadas pelo antigo proprietário do apartamento. Para preservar alimentos e medicamentos na geladeira, o homem teria pedido autorização à dona do imóvel para conectar temporariamente o eletrodoméstico a uma extensão elétrica no corredor comum do andar.

Um vizinho, testemunha do caso, afirmou não ver problemas na ligação provisória, considerando o contexto emergencial. No entanto, ao tomar conhecimento da situação, a síndica se dirigiu ao local e, de acordo com o registro policial, passou a proferir ofensas contra o casal, afirmando que estavam "roubando luz" e os chamando de "pobres" e "macacos". Ela ainda teria dito que “pessoas como elas não deveriam residir ali”.

As acusações foram confirmadas por um corretor imobiliário, também testemunha do caso. Ele recebeu uma ligação de uma sobrinha da proprietária informando que a Polícia Militar havia sido acionada pela síndica. O corretor, ao entrar em contato com a administradora do condomínio, relatou ter ouvido diretamente dela os mesmos termos ofensivos atribuídos pelo casal.

Em apoio às vítimas, o corretor se prontificou a quitar as faturas em atraso e solicitou o religamento da energia elétrica. O caso não resultou em prisões no momento da ocorrência, mas a Polícia Civil de Minas Gerais informou, em nota, que os fatos serão apurados pela Delegacia Especializada de Investigação de Crimes de Racismo, Xenofobia, LGBTfobia e Intolerâncias Correlatas (Decrim).

A denúncia levanta questionamentos importantes sobre discriminação em ambientes condominiais e reforça a necessidade de combate rigoroso a toda forma de intolerância. Casos como este acendem o alerta para síndicos, moradores e administradoras quanto à responsabilidade civil e criminal diante de condutas abusivas ou preconceituosas.




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