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Ministério Público arquiva investigação contra influenciadora que dançou de biquíni em condomínio

Kerolay Chaves, de 23 anos, foi denunciada por moradora após gravar vídeos de dança na piscina do prédio; MP concluiu que não houve ato ilícito e arquivou o caso por ausência de crime

O Globo
Ministério Público arquiva investigação contra influenciadora que dançou de biquíni em condomínio Foto: Reprodução

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) decidiu arquivar a investigação contra a influenciadora digital Kerolay Chaves, de 23 anos, após a jovem ser acusada de ato obsceno por dançar de biquíni na área da piscina de um condomínio em Nova Lima, região metropolitana de Belo Horizonte. A denúncia foi feita por uma moradora do prédio, que alegou constrangimento com as coreografias gravadas para a rede social TikTok.

Segundo o parecer da 2ª Promotoria de Justiça da comarca, os depoimentos colhidos durante o inquérito não apontaram nenhuma conduta criminosa por parte da influenciadora. A promotora responsável pelo caso, Maria Clara Costa Pinheiro de Azevedo, afirmou que dançar de biquíni em uma área comum de piscina não configura ato ilícito ou ofensivo aos bons costumes.

"Não há nada mais natural ou comum do que pessoas dançarem de biquíni na área de piscina de prédio, e tal conduta em nada reflete atos criminosos", destacou o despacho do Ministério Público.

A decisão foi fundamentada nos artigos 395, inciso I, e 397, inciso III, do Código de Processo Penal, que tratam da rejeição de denúncias por ausência de tipicidade e dolo — ou seja, o fato narrado não representa crime, tampouco houve intenção criminosa.

Kerolay Chaves falou publicamente sobre o caso, revelando ter passado por um período emocionalmente desgastante.

"Foi muito difícil receber um processo só por estar dançando de biquíni na piscina do prédio. Eu nunca imaginei que isso pudesse virar um caso criminal", disse.

Ela acrescentou que se sentiu aliviada com o arquivamento:

"Por mais que eu soubesse que não fiz nada errado, estar envolvida numa investigação criminal me abalou muito".

Com o arquivamento do caso, o episódio levanta reflexões sobre o convívio em áreas comuns de condomínios, os limites do comportamento social, e os impactos das redes sociais em espaços residenciais.




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