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Condomínios reduzem até 30% da conta de luz ao migrar para o Mercado Livre de Energia

Nova modalidade permite que empreendimentos conectados em média ou alta tensão escolham seus fornecedores, com economia significativa e menor impacto ambiental

Movimento Econômico
Condomínios reduzem até 30% da conta de luz ao migrar para o Mercado Livre de Energia Imagem ilustrativa

A abertura do mercado livre de energia elétrica no Brasil tem promovido uma verdadeira transformação na forma como empresas, indústrias e, agora, condomínios consomem energia. Desde janeiro de 2024, quando entrou em vigor a Portaria nº 50 do Ministério de Minas e Energia (MME), os consumidores com demanda a partir de 30 kW passaram a ter o direito de escolher seu fornecedor de energia elétrica. Para os condomínios, essa mudança tem representado uma oportunidade de reduzir custos, aumentar o controle sobre o consumo e adotar práticas mais sustentáveis.

Em Pernambuco, a Construtora Rio Ave, em parceria com a Kroma Energia — primeira comercializadora da região Nordeste — migrou 10 empreendimentos para o Ambiente de Contratação Livre (ACL). A economia obtida foi significativa: R$ 1,5 milhão em um único ano, além da redução de 447 toneladas de emissões de CO₂, o equivalente ao plantio de mais de 3 mil árvores.

Vantagens e modalidades de adesão ao mercado livre

Os condomínios que desejam migrar para o mercado livre precisam atender a requisitos técnicos, como estar conectados à rede em média ou alta tensão, o chamado Grupo A. A adesão pode ser feita em duas modalidades:

  • Consumidor Atacadista: quando o condomínio, por conta própria, assume a negociação e gestão de energia, com demanda igual ou superior a 500 kW. Esse modelo é comum em shoppings, complexos comerciais e condomínios logísticos.
  • Consumidor Varejista: nesse caso, o condomínio é representado por uma comercializadora — como a Kroma Energia — que assume a operação no mercado livre. Essa modalidade é ideal para edifícios de menor porte e condomínios residenciais.

“Hoje, conseguimos moldar um produto para cada perfil de cliente. Desde grandes empreendimentos com sistema de telemetria individualizada até prédios residenciais que desejam apenas fugir das oscilações tarifárias e ter mais previsibilidade nos custos com energia”, explica Tarcísio Lopes, coordenador de gestão de clientes da Kroma.

Além da redução dos valores na fatura, condomínios no mercado livre não estão sujeitos às bandeiras tarifárias — mecanismo aplicado aos consumidores do mercado cativo para compensar oscilações no custo de geração de energia.

Processo de migração e gestão especializada

A migração exige planejamento e adequações técnicas, como a instalação de sistemas de medição com leitura remota, além da formalização do desligamento da distribuidora atual. 

A empresa Kroma já migrou mais de 31 condomínios em Pernambuco, somando mais de 600 unidades consumidoras sob sua gestão. Em 2024, os clientes da empresa economizaram mais de R$ 77 milhões em energia elétrica, ao mesmo tempo em que contribuíram para a preservação ambiental, evitando a emissão de 22.378 toneladas de CO₂ — número equivalente ao plantio de mais de 156 mil árvores.

“O mercado passa por uma transformação estrutural importante. O crescimento das fontes renováveis e a ampliação do acesso ao mercado livre oferecem novas possibilidades para condomínios que buscam eficiência e sustentabilidade”, afirma Rodrigo Mello, CEO da Kroma.

Caso de sucesso: Rio Ave Corporate Center

Um dos destaques da migração foi o Rio Ave Corporate Center, empreendimento que atua como consumidor atacadista no mercado livre. A adesão ao novo modelo começou em 2020, durante a pandemia. “Foi um período desafiador, mas com o suporte técnico da Kroma conseguimos implementar o projeto e garantir bons resultados mesmo em um cenário incerto”, relata Valdeir Bezerra, administrador do empreendimento.

Para ele, o mercado livre não apenas reduz custos, mas fortalece a gestão estratégica do condomínio.

“É um ambiente seguro, mas exige acompanhamento e entendimento técnico. Não se pode deixar o barco à deriva; é preciso ter parceiros confiáveis para saber a hora certa de ajustar as velas”, diz.

Crescimento contínuo e futuro promissor

A tendência é de crescimento exponencial. Dados da CCEE mostram que, apenas entre janeiro e março de 2025, mais de 14 mil novas unidades migraram para o mercado livre de energia. A expectativa é de que esse número atinja 36 mil até o fim do ano.

Segundo a Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel), 56% da energia contratada no ACL é de fontes renováveis. Hoje, 40% de toda a energia consumida no Brasil vem do mercado livre, o que evidencia a migração crescente para modelos mais sustentáveis e economicamente vantajosos.


















Para os especialistas, entender como o mercado livre funciona será essencial para síndicos e administradoras condominiais.

“A estrutura física continua a mesma, a energia chega da mesma forma, mas o contrato é com uma nova fornecedora. Nosso papel é mostrar, com clareza, os impactos reais dessa mudança”, reforça Rodrigo Mello.




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