Criminosos driblam segurança e invadem prédio duas vezes em Praia Grande
Mesmo após reforços no sistema, condomínio é alvo de criminosos em menos de uma semana; invasores cortaram cercas, desativaram sensores e escalaram o muro do edifício.

Invasões em série expõem falhas na segurança de condomínio em Praia Grande
Um condomínio residencial localizado na Rua Suáis, no bairro Vila Tupi, em Praia Grande, litoral de São Paulo, foi alvo de duas invasões em menos de uma semana, escancarando vulnerabilidades no sistema de segurança do edifício e gerando grande apreensão entre os moradores.
Primeira invasão: ação rápida e ousada
O primeiro episódio ocorreu por volta das 22h15 do dia 15 de maio. As imagens captadas pelas câmeras de segurança mostram um criminoso chegando ao local sozinho. Com extrema destreza, ele acessa a caixa de passagem do sistema de controle de acesso, corta os fios responsáveis pela liberação das tags — dispositivo utilizado pelos moradores para entrada — e, em poucos segundos, ganha acesso ao interior do prédio.
Logo após invadir, o homem se dirige até a central de interfones e, em uma ação que durou cerca de dois minutos, furta uma porta de alumínio, fugindo em seguida. O crime foi registrado, e os danos materiais imediatos foram comunicados à polícia.
Mesmo após reforços, criminosos voltam em grupo
O que parecia ser um caso isolado evoluiu para uma situação ainda mais grave. Na madrugada do dia 18 de maio, apenas três dias depois da primeira ocorrência, seis criminosos retornaram ao condomínio.
Desta vez, o grupo agiu de forma ainda mais organizada e coordenada. As câmeras de segurança mostram os suspeitos cortando a cerca elétrica, desativando sensores de segurança e escalando o muro lateral do prédio, sem encontrar resistência. A segunda invasão foi ainda mais rápida, levando cerca de três minutos do momento em que começaram a violar as barreiras físicas até a fuga.
Ainda não há informações detalhadas sobre todos os objetos furtados na segunda invasão, mas moradores relatam que o prejuízo foi maior e que a ousadia dos criminosos surpreendeu a todos.
Moradores assustados e insegurança generalizada
A sequência de crimes gerou indignação e medo entre os condôminos. Em entrevista à imprensa local, a síndica do edifício revelou que, após a primeira invasão, medidas emergenciais foram tomadas, como a troca de equipamentos danificados, reforço na cerca elétrica e revisão do sistema de monitoramento. No entanto, as ações não foram suficientes para impedir o segundo ataque.
"Foi uma situação de total impotência. Fizemos o que estava ao nosso alcance, mas eles voltaram, em grupo, e demonstraram pleno conhecimento das falhas e vulnerabilidades do prédio", lamentou a síndica.
Polícia investiga e especialistas alertam
A Polícia Civil de Praia Grande instaurou inquérito para apurar os dois casos. Até o momento, os suspeitos não foram localizados. As imagens das câmeras de segurança já estão em posse das autoridades, que seguem na tentativa de identificar os envolvidos.
Especialistas em segurança patrimonial alertam que casos como este evidenciam a necessidade urgente de atualização dos sistemas de proteção em condomínios. “Os criminosos estão cada vez mais preparados. Hoje, cercas elétricas e câmeras simples já não são suficientes. É preciso investir em sensores inteligentes, monitoramento ativo, reforço físico nas estruturas e protocolos rígidos de segurança para acesso”, explica um consultor especializado na área.
Um alerta para todos os condomínios
O caso serve de alerta para outros condomínios da região e de todo o país. A reincidência em tão curto espaço de tempo demonstra que os criminosos monitoram previamente os alvos, estudam as fragilidades dos sistemas e agem de forma planejada.
A recomendação dos especialistas é que os condomínios revisem periodicamente seus sistemas de segurança, adotem tecnologias mais modernas, promovam treinamentos com moradores e funcionários, e busquem assessoria especializada para desenvolvimento de planos de segurança condominial eficientes.
As investigações continuam, e a polícia pede que qualquer informação sobre os suspeitos seja repassada de forma anônima à autoridade policial por meio do Disque-Denúncia (181).
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