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Imagens mostram radialista caindo no fosso de elevador em SP após possível briga familiar

João Azim Junior, de 59 anos, escorregou ao tentar sair de um elevador com defeito em prédio no centro de São Paulo; apartamento estava revirado e ele já apresentava ferimentos antes da queda.

R7
Imagens mostram radialista caindo no fosso de elevador em SP após possível briga familiar Foto: Reprodução

Radialista morre ao cair no fosso de elevador em prédio no centro de São Paulo; imagens levantam suspeitas de briga familiar

O radialista cearense João Azim Junior, de 59 anos, morreu em circunstâncias trágicas e ainda não totalmente esclarecidas, no dia 27 de março, ao cair no fosso de um elevador em um prédio residencial no centro da capital paulista. Câmeras de segurança do edifício registraram o momento exato da queda, e o caso está sendo investigado pela Polícia Civil como “morte suspeita”.

De acordo com as imagens obtidas pelo programa Balanço Geral SP, o elevador ficou travado entre dois andares. Ao abrir a porta da cabine, João tentou sair por conta própria, mas escorregou na borda e caiu de uma altura aproximada de 10 metros, direto no fosso. No vídeo, é possível perceber que ele já apresentava um ferimento na região da costela direita, com sangramento visível, indicando que já estava lesionado antes da queda.

A situação é agravada por outros indícios. Um prontuário médico indica que João apresentava uma lesão compatível com agressão na altura do tórax. Além disso, manchas de sangue foram encontradas em outro andar do edifício, distante do local onde o acidente ocorreu, levantando a possibilidade de que o ferimento tenha sido causado antes de ele entrar no elevador.

Outro ponto que levanta suspeitas é o estado do apartamento onde João vivia com os filhos, que foi encontrado revirado. Para a família, esses elementos sugerem que houve uma possível briga familiar antes da morte do radialista. A hipótese de violência doméstica passou a ser considerada pelos investigadores, que aguardam laudos periciais complementares.

João Azim havia se mudado do Ceará para São Paulo em dezembro do ano passado, com o objetivo de cuidar da mãe, uma idosa de 88 anos diagnosticada com Alzheimer. A idosa agora está sob os cuidados do filho mais novo, mas a situação dela também preocupa os familiares. O advogado da família tem questionado publicamente a forma como a idosa está sendo assistida, bem como a condução da investigação do caso.

Segundo o defensor, há falhas na coleta de provas e na perícia feita no local do acidente. A administradora do prédio entregou as imagens das câmeras de segurança ao Instituto de Criminalística, que dará suporte à investigação da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo. A família também solicita a inclusão de registros médicos, laudos e novos depoimentos no inquérito policial.

Quem era João Azim Junior

Natural do Ceará, João Azim Junior foi servidor público e atuou como comentarista esportivo em rádios cearenses. Era torcedor apaixonado do Fortaleza Esporte Clube e acompanhava todos os jogos do time. Seu irmão, Osvaldo Azim, foi presidente do clube na década de 1990.

Em nota, o Fortaleza EC manifestou pesar pela morte do radialista, destacando sua relevância para o rádio esportivo nordestino.

“Radialista renomado, João fez história no rádio cearense, deixando saudade aos ouvintes e companheiros de profissão. O Leão do Pici presta solidariedade e sinceros sentimentos de condolência aos amigos e familiares pela perda, além de desejar forças e conforto a todos para superar esse momento inigualável”, declarou o clube.

Investigação em andamento

O caso segue sendo investigado pelo 3º Distrito Policial de São Paulo, com a classificação inicial de “morte suspeita”. As autoridades aguardam o resultado de exames periciais no corpo da vítima, além da análise das imagens de segurança e do cenário encontrado no apartamento.

O acidente reacende o alerta sobre a manutenção preventiva de elevadores em edifícios residenciais, a necessidade de protocolos de segurança em caso de falha dos equipamentos e a importância da atuação eficiente dos órgãos de perícia em episódios com múltiplos indícios de irregularidades ou violência.








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