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Crianças são resgatadas em situação de abandono dentro de apartamento em condomínio de Guarapuava

Síndica escuta pedido de socorro e aciona a Polícia Militar, que encontra irmãos de 10 e 4 anos sozinhos em ambiente insalubre, com facas e seringa; um dos meninos tem síndrome de Down.

Tarobá
Crianças são resgatadas em situação de abandono dentro de apartamento em condomínio de Guarapuava Imagem ilustrativa

Na manhã do último domingo (4), dois irmãos, de 10 e 4 anos, foram resgatados pela Polícia Militar após serem encontrados sozinhos em situação de abandono dentro de um apartamento localizado em um condomínio no bairro Dos Estados, em Guarapuava (PR).

O caso foi denunciado pela síndica do edifício, que ouviu um dos meninos gritando por socorro pela janela da unidade. Preocupada, a gestora condominial foi até o apartamento e, ao verificar pela janela, avistou os menores manuseando facas e uma seringa com agulha, além de tentarem se agredir mutuamente com os objetos. A Polícia Militar foi acionada imediatamente.

Do lado de fora, os agentes constataram a gravidade da situação: o interior do apartamento estava visivelmente sujo, desorganizado e apresentava riscos concretos à integridade física das crianças, com diversos objetos perfurocortantes espalhados. Como ninguém atendeu à porta e os riscos eram iminentes, a equipe policial precisou arrombá-la para entrar no local.

No interior do imóvel, os policiais encontraram os meninos em estado de vulnerabilidade: ambos estavam com roupas inadequadas para o frio, alimentando-se de verduras cruas e dormindo sobre colchões no chão. Havia restos de comida, lixo acumulado e ausência de condições básicas de higiene. Um dos irmãos, de 10 anos, foi identificado com síndrome de Down, o que agravava ainda mais a urgência do resgate.

O Conselho Tutelar foi acionado e acompanhou toda a ação. Horas depois, a avó materna das crianças chegou ao local, após ser alertada pela filha — mãe dos meninos — que estaria em Foz do Iguaçu. Ela relatou que recebeu uma ligação pedindo que fosse ao apartamento, pois a polícia estaria no local.

Após a identificação dos menores, o Conselho Tutelar autorizou que a avó ficasse responsável provisoriamente pelas crianças. Os objetos encontrados foram apreendidos, e a avó foi conduzida à Delegacia de Polícia para prestar depoimento. O caso segue sendo investigado, e a mãe poderá responder por abandono de incapaz.







O episódio reforça a importância da atuação vigilante de síndicos e gestores condominiais, que muitas vezes são o elo inicial entre situações de risco e a resposta emergencial. A denúncia e ação imediata da síndica foram fundamentais para preservar a vida e a segurança das crianças.




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