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Morador de condomínio de luxo em Bauru é preso por esconder e vender drogas em vaso de plantas

Polícia Civil descobriu esquema de tráfico sofisticado dentro de condomínio de alto padrão; drogas sintéticas eram escondidas em vasos no jardim da casa e retiradas por compradores autorizados a entrar no local.

G1
 Morador de condomínio de luxo em Bauru é preso por esconder e vender drogas em vaso de plantas Foto: Reprodução

Traficante é preso por esconder drogas em vaso de plantas dentro de condomínio de luxo em Bauru (SP)

Um homem foi preso na última quinta-feira (8/5) por tráfico de drogas após a Polícia Civil descobrir um esquema sofisticado de comercialização de entorpecentes dentro de um condomínio de alto padrão em Bauru, no interior de São Paulo. Segundo as investigações, o suspeito escondia as drogas sintéticas em vasos de plantas no jardim de sua residência. Ele ainda autorizava a entrada de compradores no condomínio, que apenas retiravam o material no local, o que dificultava a detecção do crime e evitava chamar a atenção dos vizinhos e da segurança do residencial.

A operação foi conduzida pela Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise), que monitorava o suspeito há algum tempo. Durante o cumprimento do mandado de busca, os policiais encontraram o homem trancado em seu quarto, o que levantou a suspeita de que ele tentava evitar o flagrante. No interior do cômodo foram apreendidos diversos entorpecentes:

  • 950 comprimidos de ecstasy
  • 175 micropontos de LSD
  • 10 porções de haxixe
  • 3 porções de MDMA
  • 2 porções de “shatter” de THC (uma versão concentrada e altamente psicoativa da maconha)
  • Balanças de precisão
  • Material para embalo e distribuição das drogas

De acordo com a polícia, o homem já possuía antecedentes criminais, incluindo uma prisão anterior por tráfico de drogas e embriaguez ao volante. Após ser detido, ele foi encaminhado à Cadeia Pública de Avaí, onde permanecerá à disposição da Justiça.

O uso de vasos de plantas como esconderijo e o controle seletivo da entrada de compradores no condomínio chamaram atenção pela sofisticação do modus operandi, que buscava explorar a falsa sensação de segurança dos condomínios de luxo.

"O criminoso aproveitava a estrutura do condomínio para dificultar o rastreamento das transações. Não havia trocas manuais ou dinheiro circulando de forma visível. Tudo era feito com autorização prévia de entrada, o que reduzia o risco de flagrante", explicou um dos investigadores da Dise.

Condomínios de luxo sob alerta

O caso reforça um alerta para gestores condominiais, administradoras e síndicos: nem mesmo empreendimentos de alto padrão estão imunes a atividades criminosas. A estrutura fechada, a sensação de segurança e o menor fluxo externo muitas vezes criam um ambiente propício para atividades ilícitas discretas.

Especialistas em segurança predial recomendam:

  • Controle rigoroso de acesso, inclusive de pessoas autorizadas por moradores;
  • Monitoramento interno com câmeras em áreas comuns e jardins;
  • Registro e rastreamento de visitas frequentes com comportamento incomum;
  • Capacitação de funcionários e vigilantes para identificar atitudes suspeitas;
  • Integração entre síndico e moradores para denúncias anônimas seguras.


O papel da comunidade condominial

Moradores devem estar atentos a movimentações incomuns, sobretudo em residências que recebem visitantes em horários atípicos ou apresentam comportamentos que destoam da rotina habitual. A colaboração entre vizinhos e a gestão do condomínio é essencial para prevenir o uso de imóveis para fins ilícitos.

Esse tipo de ocorrência não apenas compromete a segurança dos demais moradores, como também coloca em risco o valor imobiliário e a reputação do empreendimento.




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