Dois apartamentos do edifício Saint Moritz, localizado na região da Praça Popular, em Cuiabá (MT), foram alvos de furto na tarde do último sábado (17). O criminoso, segundo relatos da síndica e informações do boletim de ocorrência da Polícia Civil, entrou no prédio fingindo ser sobrinho de uma moradora e conseguiu enganar a portaria para ter acesso às unidades residenciais.

De acordo com o registro policial, o suspeito se apresentou ao porteiro como parente de uma moradora e alegou que precisava subir até o apartamento da suposta tia. A entrada foi autorizada sem confirmação direta com a moradora, o que facilitou a ação criminosa.

Após algum tempo dentro do prédio, o homem tentou sair pela portaria carregando sacolas, o que chamou a atenção do porteiro. Ao ser questionado sobre o conteúdo das bolsas, o suspeito demonstrou nervosismo, abandonou os itens, jogou as sacolas por cima de um muro de vidro e fugiu do local escalando a estrutura, conforme mostram as imagens das câmeras de segurança. As gravações registram o momento exato em que o criminoso tenta forçar a saída pela porta principal, não consegue, e então foge pulando o paredão de vidro que cerca o condomínio.

Após a fuga, uma vistoria foi realizada nos andares e constatou-se que ao menos dois apartamentos tiveram as portas arrombadas. Os moradores relataram o desaparecimento de joias, objetos de valor e possivelmente eletrônicos. A quantidade exata de itens furtados ainda está sendo levantada pelos proprietários das unidades afetadas.

A Polícia Militar foi acionada logo após o ocorrido e realizou rondas pela região, mas não localizou o suspeito. O caso agora está sob investigação da Delegacia Especializada da Polícia Civil, que trabalha com as imagens das câmeras e o depoimento de testemunhas para identificar o autor do crime.

Segundo a síndica do edifício, o episódio expõe uma grave falha no protocolo de segurança e levanta preocupações quanto à vulnerabilidade dos procedimentos de identificação na portaria. Ela reforçou que medidas já estão sendo discutidas com a administradora para tornar mais rigoroso o controle de acesso ao prédio.

“O criminoso se aproveitou da boa-fé do porteiro e da falta de confirmação com a moradora. É uma situação grave, que serve de alerta para todos os condomínios da cidade”, afirmou a gestora.

O caso reforça a necessidade de protocolos rígidos na triagem de visitantes em condomínios residenciais, especialmente em edifícios de alto padrão, onde a falsa sensação de segurança pode gerar descuidos com graves consequências.