Morador é acusado de ser "serial killer de gatos" em condomínio na Zona Leste de SP
Delegacia de Proteção aos Animais investiga morador suspeito de maus-tratos e desaparecimento de gatos no Condomínio Habitacional das Esmeraldas, em Itaquera (SP)

Morador é investigado por maus-tratos e desaparecimento de gatos em condomínio na Zona Leste de São Paulo
Um caso de maus-tratos a animais tem gerado indignação e preocupação entre os moradores do Condomínio Habitacional das Esmeraldas, localizado no bairro de Itaquera, na zona leste de São Paulo (SP). Um dos moradores é suspeito de ser responsável pelo desaparecimento de pelo menos seis gatos que viviam nas áreas comuns do condomínio.
Segundo relatos dos condôminos, os animais eram acompanhados, castrados, vacinados e alimentados regularmente, fruto de um esforço coletivo dos moradores que cuidavam dos felinos que apareciam na região. No total, eram 14 gatos comunitários, reconhecidos e protegidos pelos próprios residentes.
O problema começou quando alguns animais começaram a desaparecer de forma misteriosa. A situação gerou apreensão e levou os moradores a analisarem as imagens das câmeras de segurança do condomínio, que flagraram um vizinho em atitudes suspeitas nas imediações dos locais onde os gatos costumavam circular.
De acordo com informações prestadas pelo síndico, o morador suspeito já havia demonstrado incômodo e descontentamento com a presença dos felinos no condomínio e, inclusive, se posicionava contrário à prática dos vizinhos de oferecer cuidados aos animais.
Diante dos indícios, os moradores acionaram a Delegacia de Proteção aos Animais, que instaurou um inquérito policial para apurar a prática de maus-tratos, crime previsto na Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/98, artigo 32). Desde 2020, com a entrada em vigor da Lei 14.064/20, os crimes de maus-tratos contra cães e gatos passaram a ser considerados de maior gravidade, com penas que podem variar de dois a cinco anos de prisão, além de multa e proibição de guarda de animais.
O caso mobiliza não apenas os condôminos, mas também entidades de proteção animal e moradores da região, que temem que os atos de crueldade estejam se repetindo e afetando a fauna urbana do entorno. Segundo os relatos, o desaparecimento dos gatos impactou emocionalmente as famílias, especialmente as que acompanhavam e cuidavam dos animais há anos.
A administração do condomínio colabora com as investigações, fornecendo as imagens das câmeras e todos os documentos e registros necessários. Além do inquérito criminal, a situação também pode gerar responsabilidade civil, com possibilidade de indenização por danos morais e materiais aos moradores afetados, além de eventuais sanções aplicáveis nas regras internas do condomínio.
Em nota, o síndico destacou que o condomínio repudia qualquer prática de maus-tratos e violência contra animais, e que estão sendo avaliadas medidas administrativas e jurídicas cabíveis no âmbito interno, conforme a convenção condominial e o regulamento interno.
A Delegacia de Proteção aos Animais segue investigando o caso, ouvindo testemunhas, analisando imagens e coletando provas. O desfecho poderá resultar na formalização da denúncia junto ao Ministério Público, que poderá oferecer denúncia à Justiça.
O caso reforça a importância da discussão sobre a convivência harmoniosa entre moradores e animais em ambientes condominiais, além de destacar a necessidade de empatia, responsabilidade social e cumprimento da legislação de proteção animal.
O portal Condomínio Interativo continuará acompanhando de perto todos os desdobramentos deste caso.
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