Um grave incidente envolvendo um cão da raça pitbull deixou três crianças feridas dentro de um condomínio em Monte Mor, interior de São Paulo, na tarde de sábado (21). O caso gerou pânico entre os moradores e reacendeu o debate sobre responsabilidade na guarda de animais em ambientes condominiais.

De acordo com o boletim de ocorrência, a Polícia Militar foi acionada para atender a ocorrência e, ao chegar ao local, encontrou moradores segurando o cão e também o responsável pelo animal. Testemunhas relataram que o cachorro atacou três crianças que estavam nas dependências do condomínio.

Segundo os relatos, duas meninas, de 7 e 3 anos, foram surpreendidas pelo pitbull quando voltavam do parquinho do condomínio e passavam pelo hall. O pai das meninas conseguiu intervir e afastar o animal, evitando ferimentos mais graves.

Pouco tempo depois, a polícia também foi informada de que um terceiro menor, um menino de 8 anos, também havia sido atacado enquanto brincava no campo do condomínio. O pai da criança soube do ocorrido após ouvir gritos e foi imediatamente ao local.

As duas meninas foram levadas à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jardim Amanda, em Hortolândia (SP), onde receberam atendimento e foram liberadas. Já o menino precisou de atendimento no Hospital Mário Covas, também em Hortolândia, onde levou pontos na perna antes de receber alta.

O caso foi registrado na Delegacia de Monte Mor como lesão corporal e omissão de cautela na guarda ou condução de animais — um crime previsto no artigo 31 da Lei de Contravenções Penais. Agora, o dono do animal poderá responder judicialmente pelos ferimentos causados.

O episódio gerou revolta entre os moradores, que cobram da administração do condomínio medidas mais rigorosas para garantir a segurança nas áreas comuns, especialmente no que diz respeito ao controle de animais de grande porte e considerados potencialmente perigosos.

Especialistas em direito condominial destacam que os tutores são totalmente responsáveis pelos atos dos seus animais dentro dos condomínios e que, além das sanções civis e criminais, o condomínio também pode aplicar multas previstas no regimento interno.

O incidente reforça a necessidade de síndicos e administradoras revisarem as regras de convivência, especialmente no que diz respeito à circulação de animais nas áreas comuns, uso de coleiras, focinheiras e demais itens de segurança obrigatórios.