Publicidade

Novo Código Civil pode endurecer regras para condôminos inadimplentes e infratores

Proposta em tramitação no Senado prevê punições mais rigorosas para quem perturba o sossego, comete infrações ou deixa de pagar as taxas condominiais.

TV Brasil
Novo Código Civil pode endurecer regras para condôminos inadimplentes e infratores Foto: Reprodução

Está em análise no Senado uma proposta de atualização do Código Civil brasileiro que poderá transformar significativamente a dinâmica da vida em condomínios. O texto em discussão visa tornar mais rígidas as regras de convivência e fortalecer os mecanismos de responsabilização de moradores que infringem normas internas ou deixam de cumprir obrigações, como o pagamento da taxa condominial.

Entre os pontos que mais chamam a atenção estão as sanções para condôminos que perturbam o sossego, cometem ofensas contra vizinhos ou se tornam inadimplentes recorrentes. Situações como essas, que atualmente demandam longos processos judiciais ou mediações internas, poderão ser resolvidas com maior agilidade e respaldo legal mais sólido, caso o novo código seja aprovado.

A proposta prevê, por exemplo, maior autonomia para os síndicos aplicarem advertências e multas, e reforça a possibilidade de ações judiciais contra condôminos antissociais. Também está em debate a ampliação do poder das assembleias para deliberar sobre sanções, inclusive com possibilidade de exclusão de moradores infratores em casos extremos, prática hoje considerada excepcional e polêmica.

Especialistas do setor jurídico e da gestão condominial acompanham de perto o avanço da matéria no Congresso. Para eles, as mudanças representam uma tentativa de modernizar a legislação e adaptá-la à realidade dos grandes centros urbanos, onde o modelo de habitação coletiva exige regras claras, eficazes e modernas.

A atualização do Código Civil também dialoga com a crescente judicialização de conflitos entre vizinhos. Apenas nos últimos anos, milhares de ações foram ajuizadas por questões como barulho fora do horário permitido, ofensas em grupos de mensagens do condomínio e agressões verbais em assembleias.

O relator da proposta no Senado destaca que a intenção é garantir o equilíbrio entre o direito individual e o bem-estar coletivo. "A vida em condomínio exige respeito mútuo e regras que sejam cumpridas. A proposta fortalece a autoridade do condomínio, protege os moradores e ajuda a evitar abusos", declarou.

Ainda não há data definida para a votação final, mas o tema já movimenta entidades de classe, associações de moradores e empresas de administração condominial, que veem na atualização uma possível virada de chave para a gestão dos empreendimentos residenciais e comerciais no país.




COMENTÁRIOS

Buscar

Alterar Local

Anuncie Aqui

Escolha abaixo onde deseja anunciar.

Efetue o Login