Morador de condomínio assedia funcionária da limpeza dentro de banheiro em BH
Funcionária foi surpreendida por morador que expôs as partes íntimas dentro do banheiro de serviço. Polícia apura o caso, registrado como importunação sexual.

Funcionária é vítima de importunação sexual dentro de condomínio em BH; morador segue foragido
Caso aconteceu em banheiro de serviço no bairro Piratininga, na Região de Venda Nova. Vítima gritou por socorro, mas não foi prontamente atendida. Polícia investiga.
Uma funcionária da limpeza foi vítima de importunação sexual dentro do condomínio onde trabalha, localizado na Rua Zélia, no bairro Piratininga, Região de Venda Nova, em Belo Horizonte. O crime ocorreu na segunda-feira (24), por volta do início da tarde, e o suspeito é um dos moradores do prédio.
De acordo com o boletim de ocorrência da Polícia Militar, a vítima, de 50 anos, contou que estava sozinha no banheiro destinado aos funcionários quando foi surpreendida pela entrada repentina do morador. Segundo o relato, ele teria pedido para usar o local, mas assim que entrou, expôs o pênis para que a funcionária visse, configurando o crime de importunação sexual.
Gritos por socorro e demora no atendimento
A trabalhadora afirmou que começou a gritar por ajuda, mas seus pedidos não foram ouvidos ou atendidos imediatamente. O trauma psicológico causado pelo episódio foi agravado pela sensação de impotência e desamparo. “A única coisa que eu pedi era socorro, e ninguém me atendeu. Eu não falava, eu gritava! Minha reação foi só gritar! Justiça… para não acontecer isso com mais ninguém”, disse a vítima, em entrevista à TV Globo.
Após conseguir sair do local, a mulher acionou a Polícia Militar, mas foi informada de que, devido à alta demanda de chamadas no momento, ela teria que comparecer pessoalmente a um posto policial para registrar a ocorrência. Ainda assim, segundo a corporação, duas viaturas foram enviadas posteriormente ao condomínio, mas o suspeito não foi localizado.
Investigação e providências
A Polícia Civil informou, por meio de nota, que está apurando os fatos e que o caso foi registrado como importunação sexual — crime previsto no artigo 215-A do Código Penal, com pena de um a cinco anos de reclusão. Até o momento, o morador suspeito não se apresentou às autoridades nem foi localizado pelas forças policiais.
A administração do condomínio ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso, mas moradores ouvidos pela reportagem demonstraram preocupação com a segurança no prédio, principalmente em áreas de uso comum e de serviço.
Alerta para síndicos e gestores condominiais
O caso expõe fragilidades recorrentes na segurança de trabalhadores dentro dos condomínios e reforça a necessidade de adoção de medidas preventivas. Especialistas em gestão condominial apontam a importância de câmeras em locais estratégicos, protocolos de acesso a áreas restritas e treinamentos de acolhimento e resposta imediata a denúncias.
Entidades de defesa dos direitos das mulheres também se manifestaram em solidariedade à vítima e destacaram a urgência de combater todas as formas de assédio em ambientes laborais, inclusive dentro de espaços residenciais onde há prestação de serviço.
A vítima, ainda abalada emocionalmente, está recebendo apoio psicológico e jurídico. A comunidade local e instituições ligadas ao combate à violência contra a mulher pedem celeridade na identificação e responsabilização do agressor.
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