Condomínio sorteia vaga colada na parede para moradora PCD e gera revolta nas redes
Moradora com deficiência foi contemplada com uma vaga sem acessibilidade adequada; caso viraliza e levanta discussões sobre inclusão e responsabilidade dos condomínios

Um caso de desrespeito à acessibilidade dentro de um condomínio ganhou repercussão nacional após viralizar nas redes sociais. Durante um sorteio de vagas de garagem, uma moradora com deficiência (PCD) foi contemplada com uma vaga imprópria, localizada colada na parede, que não permite mobilidade adequada nem segurança para entrada e saída do veículo.
O caso aconteceu em um condomínio residencial e foi divulgado pelo programa “Síndico da Gente”, do SBT News, que recebeu denúncias dos próprios moradores. No vídeo, é possível ver que a vaga destinada à moradora não atende às normas mínimas de acessibilidade, configurando uma situação de clara falta de respeito e sensibilidade por parte da gestão condominial.
De acordo com especialistas, além de ser uma situação constrangedora, a decisão do condomínio fere diretamente a legislação vigente, como a Lei Brasileira de Inclusão (Lei 13.146/2015) e normas da ABNT (NBR 9050), que determinam critérios de acessibilidade em espaços coletivos, incluindo vagas de estacionamento.
O episódio gerou revolta não apenas entre os moradores, mas também nas redes sociais, onde internautas acusaram o condomínio de capacitismo e descaso com os direitos das pessoas com deficiência. O vídeo rapidamente viralizou, somando milhares de visualizações e comentários exigindo providências.
O caso evidencia uma falha grave na gestão condominial, que deveria, além de seguir as normas técnicas, priorizar vagas acessíveis para moradores com deficiência, garantindo dignidade, autonomia e segurança.
Juristas e especialistas em direito condominial reforçam que, nesses casos, o condomínio pode ser responsabilizado civilmente e até judicialmente, caso não adeque imediatamente os espaços e promova a inclusão de forma correta.
O episódio serve de alerta para síndicos e administradoras de todo o país sobre a necessidade de conhecer e cumprir as normas de acessibilidade, sob pena de gerar não apenas constrangimentos, mas também sanções legais.
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