Foi usada uma câmera ultrarrápida durante uma tempestade em São José dos Campos, no interior de São Paulo. Por causa da raridade, imagem ganhou a capa de uma importante revista científica.

Pesquisadores brasileiros conseguiram fazer imagens raras que registram o flagra de um raio a uma velocidade de 370 quilômetros por segundo e mostram como funcionam os para-raios durante uma tempestade. (Veja vídeo abaixo.)

As imagens foram captadas com uma câmera ultrarrápida em São José dos Campos, no interior de São Paulo, e exibem os para-raios localizados no topo dos prédios tentando se conectar aos raios.

"Nesse vídeo, que é espetacular, vocês podem ver, a 40 mil imagens por segundo, uma câmera super especial, o encontro de um raio que desce com as descargas de vários para-raios tentando conectar nessas descargas que descem."

— Marcelo Saba, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe)

Por causa da raridade, a imagem ganhou a capa de uma prestigiada revista científica internacional, a Geophysical Research Letters (GRL).

Segundo Saba, no instante em que a descarga estava a apenas algumas dezenas de metros do solo, vários para-raios e saliências de edifícios situados na região produziram descargas positivas ascendentes, competindo para conectar-se com o raio que descia.

"A imagem final anterior à conexão foi obtida 25 milionésimos de segundo antes do impacto do raio sobre um dos prédios", disse o físico à Agência Fapesp.

Rio de Janeiro

Na semana passada, o clique de um raio fulminante atingindo o Cristo Redentor viralizou e correu o mundo.

O registro foi o fim de uma caçada de mais de um ano para o desenvolvedor de softwares Fernando Braga.

O relâmpago, na noite da última sexta-feira (10), danificou holofotes e equipamentos do Santuário, mas a estátua saiu ilesa.

Fonte: G1, Agência Fapesp