Quadrilha invade condomínio no Centro de SP com placa clonada e faz famílias reféns durante assalto
Criminosos usaram carros com placas clonadas para entrar no prédio, desativaram as câmeras de segurança e fizeram seis famílias e funcionários reféns enquanto saqueavam os apartamentos.

Um condomínio residencial localizado na região central de São Paulo foi alvo de uma audaciosa ação criminosa na manhã desta terça-feira (14), que escancarou vulnerabilidades críticas na segurança de edifícios urbanos. Segundo a reportagem exibida pela Record TV, ao menos dez criminosos fortemente armados utilizaram veículos com placas clonadas, sendo um deles correspondente a um morador do próprio edifício, para acessar o interior do prédio sem levantar suspeitas.
A quadrilha teria se aproveitado da semelhança dos veículos e da rotina de entrada e saída dos moradores para enganar o controle de acesso da portaria, adentrando o local com facilidade. Logo após a entrada, os bandidos agiram com precisão: renderam funcionários da portaria e da manutenção, e desativaram o sistema de monitoramento por câmeras de segurança, dificultando a identificação e o rastreamento posterior das ações do grupo.
Na sequência, seis famílias foram feitas reféns. As vítimas, entre adultos e crianças, foram levadas sob ameaça para a sala de máquinas do edifício, onde permaneceram sob vigilância armada durante toda a ação criminosa. Enquanto isso, os demais criminosos invadiam e saqueavam diversos apartamentos do condomínio, subtraindo bens de alto valor, joias, dinheiro em espécie e eletrônicos.
A Polícia Militar foi acionada após o encerramento do sequestro-relâmpago. Os criminosos fugiram antes da chegada das viaturas, utilizando rotas planejadas para escapar. Dois veículos usados na invasão — ambos com placas adulteradas — foram encontrados posteriormente abandonados em ruas próximas. Até o momento, nenhum suspeito foi preso, e as investigações estão em curso sob responsabilidade da Polícia Civil de São Paulo.
Segundo especialistas, o caso expõe uma falha grave nos protocolos de controle de acesso veicular, além da ausência de sistemas de verificação automatizada de placas, recursos que poderiam ter impedido a entrada dos criminosos. A situação levanta um importante alerta sobre a necessidade de investimentos constantes em segurança condominial, com monitoramento 24h, reconhecimento óptico de placas (OCR), checagem dupla de identidade e treinamento dos funcionários da portaria para lidar com situações atípicas.
Ainda de acordo com especialistas, o uso de placas clonadas se tornou uma estratégia recorrente entre quadrilhas especializadas em invasões a condomínios, por permitir uma entrada “legalizada” e dificultar a identificação dos envolvidos, principalmente em locais onde os porteiros dependem apenas de visualização ou informações verbais para liberação de acesso.
A ocorrência reforça a importância de que síndicos e administradoras realizem auditorias periódicas nos sistemas de segurança, atualizem as normas internas de controle de acesso, e promovam palestras de conscientização com moradores e funcionários para reduzir riscos e aumentar a resiliência condominial diante de ações criminosas sofisticadas como essa.
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