Briga de gangues termina com invasão de condomínio e espancamento no Grande Recife
Conflito entre facções rivais gera pânico, correria e invasão do Residencial Parque Lusitânia, em Paulista (PE); dois homens foram brutalmente espancados

Uma cena de terror tomou conta do Residencial Parque Lusitânia, localizado no bairro de Maranguape I, em Paulista, no Grande Recife, na noite da sexta-feira (19). Uma briga de gangues rivais terminou com a invasão do condomínio e o espancamento de dois homens em plena via pública.
Imagens gravadas por moradores e câmeras de segurança mostram a correria nas áreas comuns do condomínio, com dezenas de jovens correndo no estacionamento entre os blocos, enquanto moradores, incluindo mulheres e crianças, buscavam abrigo em meio ao caos.
De acordo com testemunhas, o confronto foi previamente marcado por duas facções rivais, uma de Maranguape, em Paulista, e outra do bairro de Rio Doce, em Olinda. A situação fugiu do controle quando, por volta das 20h30, um grupo aproveitou o momento em que o porteiro abriu o portão da garagem para um morador e invadiu o residencial.
Cenas captadas pelas câmeras mostram moradores que estavam na rua correndo desesperados para dentro do condomínio ao perceberem o início da confusão. Em outro vídeo, uma moradora aparece aos gritos, pedindo socorro à polícia: “Invadiram aqui e eu estou sozinha. Pelo amor de Deus, manda uma viatura”, relata em tom de desespero.
Às 20h44, uma das câmeras da guarita registrou o momento em que um dos envolvidos na briga é derrubado por integrantes da gangue rival em frente a um espetinho na rua. No chão, ele é brutalmente chutado diversas vezes. Na sequência, outro homem também é espancado na calçada do prédio, recebendo chutes violentos na cabeça e na nuca.
A Polícia Militar informou que equipes do 17º Batalhão e do Batalhão de Radiopatrulha foram acionadas e conseguiram dispersar os envolvidos. No entanto, até a publicação da reportagem, a corporação não informou se houve prisões ou se os homens agredidos foram socorridos.
Surpreendentemente, a Polícia Civil informou que, até o momento, não há registro formal da ocorrência na delegacia.
O caso acende um alerta urgente para síndicos, administradoras e gestores condominiais sobre os desafios da segurança perimetral em condomínios, especialmente diante de situações imprevisíveis como conflitos externos que podem impactar diretamente a segurança dos moradores.
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