Invasão a apartamento em condomínio de Salvador expõe falhas de segurança

Crime ocorreu no bairro Costa Azul; vítima encontrou imóvel revirado após retornar de viagem. Polícia investiga possível facilitação interna.

Uma invasão a um apartamento em um condomínio localizado no bairro nobre do Costa Azul, em Salvador (BA), deixou moradores em alerta e reacendeu discussões sobre a segurança em prédios residenciais da capital baiana. O crime ocorreu enquanto a moradora estava viajando, e foi descoberto na última terça-feira (25), quando ela retornou ao imóvel e encontrou o local completamente revirado.

De acordo com o relato da vítima, os criminosos levaram diversos bens de valor, incluindo televisões, joias e cartões bancários. O caso chamou atenção pela facilidade com que os invasores agiram, mesmo em um condomínio com portaria 24 horas.

Segundo apuração da reportagem da TV Record Bahia, o condomínio não possui câmeras de segurança, o que dificultou a identificação dos suspeitos e impediu o rastreamento do trajeto feito pelos criminosos. A ausência de videomonitoramento é considerada uma falha grave, especialmente em um edifício residencial de alto padrão.

Fontes próximas à investigação apontam que a Polícia Civil trabalha com a hipótese de facilitação interna, já que não houve sinais de arrombamento e os invasores aparentemente sabiam como acessar o apartamento com facilidade. A moradora acredita que os responsáveis tinham conhecimento prévio da rotina do condomínio.

Especialistas em segurança condominial alertam para a urgência na adoção de medidas mais eficazes em prédios residenciais, como a instalação de câmeras em áreas estratégicas, controle rígido de entrada e saída de pessoas e veículos, além do treinamento constante de funcionários da portaria.

A administração do condomínio não se pronunciou oficialmente sobre o caso até o momento. A Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos da capital baiana investiga o crime e busca identificar os autores do furto. Ainda não há informações sobre o paradeiro dos objetos roubados.

O caso expõe, mais uma vez, a vulnerabilidade de muitos empreendimentos residenciais em áreas nobres, onde, apesar da aparência de segurança, faltam recursos básicos para prevenir e investigar crimes. A situação reforça a necessidade de revisão das práticas de segurança nos condomínios e do papel ativo dos síndicos na proteção do patrimônio e da integridade dos moradores.

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