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Enquete sobre cães de rua em condomínio de Betim (MG) vira caso de polícia

Publicação polêmica sobre possível envenenamento de animais mobiliza moradores e aciona a Polícia Civil de Minas Gerais; condomínio em Betim está sob investigação

O Tempo
Enquete sobre cães de rua em condomínio de Betim (MG) vira caso de polícia Foto: Reprodução

Publicação polêmica em grupo de condomínio de Betim sobre cães de rua vira caso de polícia

Uma publicação feita em um grupo de moradores de um condomínio localizado em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, gerou revolta e acabou se tornando alvo de investigação da Polícia Civil de Minas Gerais. O motivo: uma enquete sugerindo o possível envenenamento de cães de rua que circulam nas dependências do residencial.

A postagem foi feita no grupo de WhatsApp interno do condomínio e propunha que, entre as opções para lidar com a presença dos animais, fosse considerada a utilização de veneno. A atitude foi prontamente denunciada por outros moradores, que consideraram o conteúdo um estímulo claro a maus-tratos e crime ambiental.

Investigação e consequências legais

Diante da repercussão, a Polícia Civil confirmou a abertura de um inquérito para apurar os fatos. O caso está sendo investigado como crime ambiental previsto na Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/98), que considera maus-tratos a animais um crime com pena de dois a cinco anos de prisão, além de multa.

A corporação informou que está analisando o conteúdo das mensagens compartilhadas no grupo e ouvirá os envolvidos. A pessoa que criou a enquete pode ser responsabilizada tanto criminalmente quanto civilmente, inclusive por incitação à violência contra animais.

Condomínio se manifesta

Em nota, a administração do condomínio repudiou a postagem e destacou que a opinião expressa na enquete não representa o posicionamento institucional do residencial. “Estamos colaborando com as autoridades e reiteramos nosso compromisso com a convivência harmoniosa e o respeito aos direitos dos animais”, declarou a administração.

Repercussão e ativismo

O episódio provocou forte reação nas redes sociais e também entre ONGs de proteção animal da região. A ONG Cão Amor, que atua em Betim, declarou que casos como este reforçam a necessidade de campanhas educativas dentro dos condomínios sobre direitos dos animais, abandono e responsabilidade coletiva.

Especialistas alertam que situações como essa não são isoladas e ressaltam que síndicos e administradores têm papel fundamental na mediação de conflitos e na promoção de soluções legais e humanitárias para problemas envolvendo a fauna urbana.

Alerta aos condomínios

A situação reacende o debate sobre a presença de animais em áreas condominiais e a ausência de políticas claras de acolhimento ou remoção ética, com apoio do poder público. O caso também ressalta a importância de que moradores estejam atentos ao que é publicado em canais oficiais do condomínio, pois mesmo mensagens informais podem gerar graves consequências judiciais.

A Polícia Civil segue com a investigação e reforça que incentivar ou praticar atos de crueldade contra animais é crime. As autoridades pedem que a população denuncie qualquer tipo de violência ou abandono animal, inclusive em ambientes privados como condomínios.




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