Guarulhos (SP) — A madrugada foi de tensão e medo para moradores de um condomínio residencial em Guarulhos, na Grande São Paulo. Um balão de aproximadamente 15 metros, com estrutura metálica e ainda em chamas, caiu sobre o conjunto habitacional, provocando risco de incêndio e pânico entre os residentes.

O momento da queda foi registrado em vídeo por um morador. Nas imagens, é possível ver o balão ainda aceso, descendo em direção aos prédios, enquanto parte da estrutura pegava fogo. O artefato atingiu uma área comum do condomínio, mas, por sorte, não houve feridos nem danos materiais graves. O susto, porém, foi generalizado.

Segundo testemunhas, o balão surgiu no céu durante a madrugada e, com a perda de sustentação devido às chamas, começou a despencar descontroladamente. O objeto apresentava bandeiras e estrutura metálica, o que aumenta os riscos em caso de contato com fios elétricos ou imóveis.

A prática de soltar balões é considerada crime ambiental no Brasil, conforme a Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/1998), já que pode provocar incêndios em áreas urbanas, florestas e propriedades privadas. Além disso, o uso de fogo no balão representa risco iminente à vida e ao patrimônio.

A Polícia Militar Ambiental e o Corpo de Bombeiros foram acionados, mas o responsável pelo balão ainda não foi identificado. As investigações seguem para tentar localizar os autores, que podem responder criminalmente pelos danos e pelo risco causado à população.

O incidente reforça a urgência de campanhas de conscientização e fiscalização rigorosa contra a soltura de balões, especialmente em áreas densamente habitadas. Em condomínios, o risco é multiplicado devido à proximidade entre edifícios, materiais inflamáveis e a presença de famílias inteiras.

Especialistas em segurança condominial alertam que a instalação de sistemas de detecção de fumaça e protocolos de evacuação são fundamentais para lidar com situações emergenciais como essa.

O caso de Guarulhos serve como alerta nacional sobre os perigos de uma prática ainda presente em algumas regiões do país, apesar de proibida. A segurança coletiva deve prevalecer sobre qualquer manifestação cultural ou tradição que envolva riscos dessa magnitude.