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Cobrança condominial: como administradoras podem combater a inadimplência com estratégia e tecnologia

Com processos estruturados, uso da régua de cobrança e apoio jurídico e tecnológico, administradoras garantem mais eficiência na recuperação de taxas atrasadas


Cobrança condominial: como administradoras podem combater a inadimplência com estratégia e tecnologia

Cobrança Condominial: Como a Administradora Pode Lidar com a Inadimplência?

A cobrança condominial exige planejamento, comunicação e controle. Administradoras podem estruturar processos eficientes com políticas claras, régua de cobrança e apoio da tecnologia.

Um dos problemas frequentemente enfrentados pelas administradoras de condomínios é a cobrança das taxas condominiais.

Embora indispensáveis para garantir a saúde financeira dos condomínios, a gestão de cobranças e o combate à inadimplência podem ser grandes desafios — sobretudo quando o condomínio possui um histórico extenso de condôminos devedores.

Por isso, organizamos este conteúdo com tudo que você precisa saber sobre cobrança em condomínios: o que é, como funciona, melhores práticas, como definir uma política adequada de cobrança e muito mais.

Boa leitura!


O que é cobrança condominial e quais tipos existem?

Cobrança é o processo pelo qual uma empresa, instituição ou condomínio busca recuperar valores devidos por clientes, moradores ou usuários de seus serviços.

No contexto condominial, ela está diretamente ligada à taxa de condomínio, essencial para manter a estrutura, os serviços e o funcionamento do empreendimento.

Existem diferentes tipos de cobrança em condomínios — conhecê-los ajuda a agir com mais eficiência e minimizar conflitos.

Principais tipos de cobrança:

Cobrança preventiva:

Envolve lembretes automáticos, reforço de datas e clareza nas informações dos boletos, com foco em evitar o atraso.

Cobrança amigável:
Primeiros contatos após o vencimento, com abordagem cordial para lembrar da dívida e oferecer negociação inicial.

Cobrança administrativa: 
Se a cobrança amigável não for eficaz, entram notificações formais, negociações extrajudiciais e propostas de acordo.

Cobrança judicial:

Último recurso, em que o condomínio entra com ação judicial, podendo haver penhora de bens, bloqueios ou leilão do imóvel.



O que é a gestão de cobrança em condomínios e por que ela é essencial?

A gestão de cobrança é o conjunto de processos e práticas que garantem que as taxas condominiais sejam pagas em dia.

É o que mantém o caixa saudável, garantindo pagamento de contas, manutenção, salários e investimentos nos condomínios.

Sem um sistema estruturado, o condomínio pode enfrentar dificuldades financeiras graves.


Etapas essenciais da gestão de cobranças

Uma boa gestão vai muito além de emitir boletos. Ela deve ser estratégica e preventiva.

Etapas fundamentais:

  1. Emissão correta e pontual dos boletos.
  2. Envio de lembretes antes e após o vencimento.
  3. Negociação com inadimplentes (parcelamentos e acordos).
  4. Ações legais como último recurso.

Mas além dessa sequência, existem estratégias que ajudam a evitar o problema antes que ele aconteça.


Como lidar com a inadimplência em condomínios?

A inadimplência compromete o planejamento financeiro, gera desgaste com moradores e pode trazer problemas judiciais.

A administradora deve atuar com prevenção, personalização e apoio jurídico.

1. Entender os tipos de inadimplência

  • Pontual: atrasos ocasionais (esquecimento, desorganização).
  • Por ocasião: atraso devido a problemas pessoais (doença, desemprego).
  • Contumaz: inadimplência frequente e prolongada.


 Solução: personalize a régua de cobrança conforme o perfil.



Comunicação proativa com os condôminos

A transparência reduz o risco de inadimplência.

Boas práticas de comunicação:

  • Emitir boletos com antecedência.
  • Informar datas, valores e consequências do atraso.
  • Usar canais como aplicativos, e-mails e avisos físicos.
  • Enviar lembretes periódicos.


3. Métodos de cobrança personalizados

Cada condomínio tem um perfil financeiro diferente. Adapte a abordagem!

Exemplos de personalização:

  • Parcelamento das taxas em atraso.
  • Negociações flexíveis.
  • Extensão de prazo em casos específicos.


4. Ter apoio jurídico especializado

O suporte jurídico:

  • Garante a legalidade das ações;
  • Protege a administradora e os condomínios;
  • Ajuda a decidir entre acordo amigável ou ação judicial;
  • Reduz riscos e previne ações ilegais ou abusivas.


Como organizar uma política de cobranças?

A política de cobrança é um documento interno com as diretrizes para lidar com inadimplência.

Deve conter:

  • Prazos para vencimento;
  • Tolerância para atrasos (se houver);
  • Canais de contato autorizados;
  • Critérios para cobrança extrajudicial e judicial;
  • Limites e regras para acordos;
  • Modelos de comunicação (cartas, e-mails, WhatsApp, etc.).


Régua de cobrança

A régua de cobrança é a sequência de ações automáticas ou manuais baseadas no tempo de atraso.

Exemplo de régua de cobrança:

Dias após o vencimentoAção
1Lembrete via e-mail ou push
5Segunda notificação com atualização do valor
10Contato por telefone ou WhatsApp
20Envio de carta formal
30Proposta de acordo ou encaminhamento para protesto

🔁 Ajuste conforme o perfil de cada condomínio, convenções e assembleias.


Quais erros prejudicam a cobrança em condomínios?

Mesmo administradoras experientes podem enfrentar problemas se erros básicos forem cometidos.

Principais erros:

  • Falta de organização
  • Boletos atrasados;
  • Informações incorretas;
  • Falta de registro e acompanhamento das cobranças.

❌ Ausência de critérios para acordos

  • Acordos incoerentes entre condôminos;
  • Falta de controle de parcelas e descontos;
  • Sensação de injustiça entre moradores.

❌ Comunicação inadequada

  • Abordagem fria ou ameaçadora;
  • Ausência de empatia;
  • Falta de clareza sobre prazos e consequências.


Quando a cobrança judicial se torna necessária?

Quando todas as tentativas extrajudiciais falham, a ação judicial pode ser o único caminho.

Ela protege os condôminos adimplentes e restabelece o equilíbrio financeiro do condomínio.


Documentos necessários:

  • Convenção e regimento interno;
  • Ata de eleição do síndico;
  • Atas de aprovação de contas;
  • Boletos e cartas de cobrança;
  • Balancetes e certidão de propriedade.


O que diz a lei?

  • Art. 1.348, VII do Código Civil:

É dever do síndico cobrar os inadimplentes e aplicar penalidades.

  • Art. 1.336, §1º do Código Civil:

Prevê multa de até 2%, juros e correção monetária.



⚠️ A Lei 14.905/2024 atualizou a taxa legal de juros.

Saiba mais:
Os impactos da Lei 14.905/2024 nas dívidas condominiais.



Ação de execução judicial segundo o CPC

Com o novo Código de Processo Civil, as cotas condominiais são títulos executivos extrajudiciais.

Isso permite:

  • Ação direta contra o devedor;
  • Bloqueio de contas;
  • Penhora e até leilão do imóvel.


Como a tecnologia pode apoiar a cobrança condominial?

Com dezenas ou centenas de condomínios sob gestão, processos manuais não são sustentáveis.

A tecnologia ajuda a:

  • Automatizar cobranças e lembretes (e-mail, WhatsApp, SMS);
  • Centralizar o histórico de inadimplência e acordos;
  • Gerenciar cobranças extrajudiciais e judiciais com eficiência.

Ferramentas recomendadas:

  • ERPs condominiais;
  • Aplicativos com régua de cobrança automática;
  • Sistemas com CRM de cobrança

Fonte: Group Software - www.groupsoftware.com.br

Autor: Cristiane Rezende




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