Tragédia em prédio de luxo: trabalhador morre ao cair do 5º andar durante manutenção no Recife
Homem de 31 anos realizava serviço em ar-condicionado quando estrutura teria cedido; acidente ocorreu em condomínio de alto padrão na Avenida Boa Viagem

Recife (PE) — Uma tragédia abalou moradores e trabalhadores da Avenida Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, na manhã desta quinta-feira (24/7). Samuel José da Silva, de 31 anos, morreu após despencar do 5º andar de um prédio de luxo enquanto realizava um serviço de manutenção em um aparelho de ar-condicionado. A queda, de mais de 20 metros de altura, foi fatal.
O acidente aconteceu enquanto Samuel atuava na parte externa do edifício. De acordo com informações preliminares, uma marquise pode ter cedido sob seu peso, provocando a queda. O trabalhador não era funcionário do condomínio, mas prestava serviços por meio de uma empresa terceirizada especializada em refrigeração.
A equipe de perícia foi acionada e está realizando análises técnicas no local do acidente para determinar as causas e possíveis responsabilidades. A hipótese de falha estrutural será apurada, bem como o uso (ou ausência) de equipamentos de segurança obrigatórios para trabalho em altura, conforme determina a Norma Regulamentadora NR-35.
O caso também levanta discussões relevantes sobre a segurança de prestadores de serviço em condomínios residenciais e a responsabilidade compartilhada entre contratante, empresa terceirizada e gestão condominial. A legislação trabalhista prevê medidas rigorosas para a proteção de trabalhadores em serviços de risco elevado, como o uso de cintos de segurança, ancoragens e supervisão técnica.
Moradores e funcionários do prédio ficaram em estado de choque com a fatalidade. O condomínio, localizado em uma das áreas mais nobres da cidade, ainda não se pronunciou oficialmente sobre o ocorrido.
Especialistas em engenharia de segurança e gestão condominial reforçam a importância de fiscalizações rigorosas na contratação de empresas terceirizadas, especialmente em serviços de manutenção predial que envolvem risco iminente de vida.
A morte de Samuel José da Silva acende um sinal de alerta para síndicos, administradoras e empresas prestadoras de serviços: a negligência com normas de segurança pode custar vidas — e gerar graves implicações jurídicas.
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