Moradores solicitam expulsão de Nardoni e Anna Jatobá de condomínio em São Paulo
Documento formalizado por associação LGBTQIA+ pede providências criminais e reforço na fiscalização da liberdade condicional do casal

Um grupo de moradores de um condomínio localizado na zona sul de São Paulo iniciou um abaixo-assinado solicitando a expulsão de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, condenados pelo assassinato da filha Isabella Nardoni, em 2008. A iniciativa dos vizinhos vem motivada por conflitos na convivência diária, receios relacionados à segurança e desconforto com a presença do casal nas áreas comuns do prédio.
Segundo relatos obtidos pela redação, os moradores alegam que o casal provoca tensão e insegurança entre condôminos, o que teria motivado a mobilização formal por meio do abaixo-assinado. A ação, ainda que não tenha efeito jurídico automático, busca pressionar a administração do condomínio a avaliar medidas legais para possível exclusão do casal do edifício.
Especialistas em direito condominial explicam que a expulsão de condôminos é legalmente possível, mas depende de decisão judicial fundamentada, observando o Código Civil e a convenção do condomínio. A medida requer comprovação de descumprimento das normas internas, perturbação do sossego ou ameaça à segurança, e deve ser aprovada em assembleia, respeitando o contraditório e ampla defesa.
No documento elaborado pelos moradores, consta que a permanência do casal tem causado incômodos frequentes e prejudicado a qualidade de vida no condomínio. Entre os problemas citados estão barulhos excessivos, conflitos diretos com vizinhos e receio generalizado de possíveis atos de agressão ou intimidação.
Advogados consultados destacam que casos envolvendo pessoas com histórico criminal de grande repercussão exigem cautela do síndico e da administração. É fundamental que qualquer medida seja tomada dentro do marco legal, evitando violações de direitos e possíveis ações judiciais por parte dos condôminos afetados.
A situação reforça a necessidade de mecanismos internos de mediação e gestão de conflitos em condomínios, incluindo assembleias extraordinárias, consultoria jurídica e comunicação transparente entre moradores. A mobilização pelo abaixo-assinado indica a busca por soluções consensuais e legais, sem comprometer a segurança e a convivência de todos.
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