Moradores denunciam atraso na entrega de apartamentos em condomínio de Ferraz de Vasconcelos (SP)
Quarta torre do empreendimento segue inacabada desde 2022; construtora afirma que está dentro do prazo contratual, mas famílias relatam paralisação das obras e prejuízos financeiros.

Famílias que adquiriram apartamentos em um condomínio localizado em Ferraz de Vasconcelos, na Grande São Paulo, denunciam um grave atraso na entrega da quarta torre do empreendimento. O prazo inicial de conclusão era dezembro de 2022, mas até o momento a obra permanece inacabada. A nova previsão de entrega foi atualizada para julho deste ano, porém os moradores relatam que os trabalhos estão completamente paralisados há meses.
Mesmo sem qualquer avanço visível no canteiro de obras, os compradores continuam obrigados a pagar pelas parcelas referentes à evolução da construção, gerando prejuízos financeiros e frustração diante da espera indefinida pela concretização do sonho da casa própria.
Segundo relatos, além da paralisação das obras, os moradores enfrentam problemas estruturais em áreas já entregues e se veem desamparados diante da falta de respostas concretas da construtora. Em entrevista, moradores revelaram que a insegurança jurídica e emocional tem crescido a cada mês de atraso.
A construtora responsável, por sua vez, afirma que a entrega segue dentro do prazo previsto em contrato e que os reparos estruturais já estariam sendo executados — versão que é contestada pelos moradores, que dizem não enxergar movimentação ou evolução nas obras.
Especialistas do setor imobiliário alertam que consumidores têm o direito de acionar a construtora judicialmente caso o atraso ultrapasse o limite tolerado por lei ou descumpra cláusulas contratuais. Em situações como essa, é recomendável buscar apoio jurídico especializado e reunir provas documentais, como registros de pagamento, fotos da obra e trocas de mensagens com a incorporadora.
O caso acende um alerta para compradores de imóveis na planta sobre a importância de verificar o histórico da construtora, as cláusulas contratuais e as garantias previstas em caso de atraso. Enquanto isso, dezenas de famílias seguem aguardando a conclusão da obra e lutando para ter seus direitos respeitados.
COMENTÁRIOS