Quase 500 condomínios são invadidos em São Paulo no início de 2025
Especialistas alertam que falta de preparo de profissionais e falhas em segurança favorecem ações criminosas nos edifícios

Invasões a condomínios em São Paulo crescem e acendem alerta na segurança condominial
A segurança nos condomínios paulistanos tem se tornado motivo de grande preocupação. Somente nos três primeiros meses de 2025, foram registrados quase 500 casos de invasões a condomínios na capital paulista, entre roubos e furtos — uma média alarmante que equivale a mais de cinco ocorrências por dia.
O número crescente tem assustado moradores e gestores condominiais, evidenciando a fragilidade de muitos sistemas de segurança utilizados nos edifícios. Em diversos casos, criminosos têm conseguido burlar controles de acesso, se passando por entregadores, visitantes ou até mesmo utilizando falhas operacionais como brechas para agir.
Especialistas apontam que o problema vai muito além da simples falta de equipamentos.
“O que vemos com frequência é a ausência de preparo de quem está na linha de frente da segurança, como porteiros e vigias. Eles precisam ser treinados para lidar com situações de risco, identificar comportamentos suspeitos e agir de forma preventiva”, destaca um consultor de segurança predial ouvido pela reportagem.
Além da capacitação dos profissionais, outro fator decisivo é o investimento em tecnologia. Câmeras de monitoramento com inteligência artificial, sistemas de reconhecimento facial, controle de acesso digital e alarmes integrados são algumas das soluções que podem dificultar — e até impedir — a ação criminosa. No entanto, muitos condomínios ainda resistem em adotar tais medidas, seja por questões orçamentárias ou por desconhecimento técnico.
“A segurança hoje é um tripé: pessoas treinadas, processos bem definidos e tecnologia de ponta. Quando um desses pilares falha, o risco aumenta consideravelmente”, alerta outro especialista em gestão de riscos condominiais.
Moradores também têm um papel fundamental na prevenção. Práticas simples, como não permitir a entrada de desconhecidos, não abrir o portão automaticamente e manter uma comunicação eficaz com a portaria, podem reduzir significativamente as chances de ocorrência.
O dado dos quase 500 casos em apenas três meses acende um sinal vermelho não apenas para São Paulo, mas para todo o país. Em tempos de criminalidade urbana crescente, investir em segurança condominial deixou de ser uma opção e passou a ser uma necessidade estratégica para garantir a integridade dos moradores e a proteção do patrimônio.
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