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Moradores acionam Justiça para impedir retorno de fazendeiro acusado de perseguição em condomínio de Ribeirão Preto

Preso preventivamente, Alípio João Júnior é investigado por ameaças, injúria racial e violência contra vizinhos. Condôminos pedem, em caráter liminar, que ele não volte a residir no prédio mesmo se conseguir habeas corpus.

G1
Moradores acionam Justiça para impedir retorno de fazendeiro acusado de perseguição em condomínio de Ribeirão Preto Foto: Reprodução

Moradores acionam Justiça para impedir retorno de fazendeiro acusado de perseguição em condomínio de Ribeirão Preto

Ribeirão Preto (SP) – Moradores de um condomínio localizado na zona urbana de Ribeirão Preto ingressaram com uma ação judicial nesta quarta-feira (23) solicitando, em caráter liminar, a expulsão definitiva do fazendeiro Alípio João Júnior, de 58 anos. A medida visa garantir que o homem, atualmente preso preventivamente, não retorne ao prédio mesmo se conseguir habeas corpus ou liberdade provisória.

De acordo com os relatos apresentados pelos condôminos, Alípio praticou diversos atos de violência e intimidação, tornando a convivência no local insustentável. O fazendeiro está detido no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Ribeirão Preto e é investigado pelo Ministério Público por crimes como perseguição, coação, ameaças, perturbação do sossego, injúria racial e até episódios de violência doméstica.

“A justificativa [da ação] é em virtude da conduta dele, que é totalmente antissocial. Não é possível conviver em sociedade com alguém que age assim. Com receio de que ele seja beneficiado por um habeas corpus, ingressamos com pedido de expulsão”, afirmou o advogado dos condôminos, Hamilton Paulino Pereira Júnior.

A defesa de Alípio, por sua vez, solicitou a transferência dele para uma clínica psiquiátrica. A Justiça determinou que ele passe por exame de insanidade mental para avaliar sua capacidade de convivência e imputabilidade penal.


Alípio João Júnior tentou invadir apartamento de vizinho. — Foto: Reprodução EPTV

O histórico de conflitos do fazendeiro é extenso. Em junho, ele foi preso por atirar com uma arma de pressão em um prestador de serviços dentro de um shopping da cidade, após perder o ticket de estacionamento e não conseguir liberar a saída. O funcionário ferido precisou ser socorrido, mas sobreviveu.

Desde então, as denúncias por parte dos moradores do condomínio aumentaram. Segundo os registros de boletins de ocorrência, Alípio promovia ameaças constantes, inclusive com explosões de bombas e declarações de morte dirigidas a vizinhos.

O promotor de Justiça Paulo José Freire Teotônio, que acompanha o caso, declarou que Alípio “não deveria estar convivendo em sociedade” devido ao padrão reiterado de violência e intimidação.

Além dos crimes atuais, o fazendeiro também possui histórico de investigações por maus-tratos a animais, estupro e cárcere privado de uma ex-namorada.

“É o jeito dele. Desde 2018 ele vem causando transtornos no condomínio. É uma pessoa agressiva e perigosa”, reiterou o advogado dos moradores.

O caso, que tramita na esfera cível, é acompanhado com atenção pelas autoridades e poderá representar um importante precedente para a proteção de comunidades condominiais contra comportamentos violentos e reincidentes.




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