Síndica profissional, Joice Honório, esclarece regras sobre barulho íntimo em condomínios
Especialista destaca limites legais e orientações para garantir o sossego coletivo sem invadir a privacidade dos moradores

Síndica esclarece regras sobre barulho íntimo em condomínios
Conflitos por barulho estão entre as principais causas de desentendimentos entre vizinhos em condomínios. Recentemente, a síndica profissional, Joice Honório, detalhou as regras sobre limites de som, horários permitidos e maneiras de mediar situações incômodas relacionadas ao barulho íntimo, um tema delicado que exige equilíbrio entre privacidade e direito ao sossego coletivo.
Segundo Joice, é fundamental que os condôminos respeitem a Lei do Silêncio, que estabelece limites para emissão de ruídos em horários noturnos. Além disso, recomenda-se que os condomínios incluam no regimento interno normas claras sobre barulho de qualquer natureza, inclusive aquele gerado por atividades íntimas.
Para mediar conflitos, a síndica sugere estratégias práticas:
- Registro de ocorrências: manter um registro formal de reclamações ajuda a identificar padrões e facilita a intervenção do síndico.
- Diálogo entre vizinhos: muitas situações podem ser resolvidas com conversas respeitosas, evitando escalonamento para medidas legais.
- Notificação formal: se o diálogo não resolver, enviar notificações por escrito com base no regimento interno e na convenção condominial.
- Mediação profissional: em casos de persistência do problema, pode-se recorrer a serviços de mediação condominial ou conciliação extrajudicial, evitando desgaste emocional e custos judiciais.
A especialista alerta que o síndico deve agir com cautela, garantindo que as ações corretivas sejam proporcionais e não invadam a privacidade do morador. Medidas como advertências, multas ou ações judiciais só devem ser aplicadas quando o incômodo persiste e prejudica a coletividade.
Além disso, campanhas educativas periódicas podem ajudar a conscientizar os moradores sobre respeito ao sossego alheio, horários adequados para atividades que gerem ruído e a importância de manter uma convivência harmoniosa.
“É preciso equilíbrio: o morador tem direito à intimidade, mas todos têm direito ao sossego. A comunicação, orientação e mediação são ferramentas essenciais para evitar que situações simples se transformem em conflitos graves”, reforça a síndica consultada.
Investir em protocolos claros, treinamento de equipe de portaria e integração com ferramentas de gestão condominial permite aos síndicos atuar de forma eficiente, prevenindo problemas e garantindo qualidade de vida para todos.
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