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Famílias que moram de aluguel no Brasil aumentam 23% em 8 anos, revela IBGE

Pesquisa do IBGE mostra que 1 em cada 4 domicílios no país é ocupado por inquilinos, evidenciando mudanças no perfil habitacional nacional

GZH
Famílias que moram de aluguel no Brasil aumentam 23% em 8 anos, revela IBGE Imagem ilustrativa

Parcela de famílias que moram de aluguel cresce 25% em 8 anos, aponta IBGE

Apesar de a maioria dos brasileiros ainda morar em casa própria quitada, o país registrou um aumento de 25% na proporção de famílias que pagam aluguel nos últimos oito anos, enquanto a parcela de lares próprios diminuiu 8%.

Em 2016, o Brasil contava com 66,7 milhões de domicílios, sendo 12,3 milhões alugados, o que representava 18,4% do total. Já em 2024, o país tinha 77,3 milhões de residências, das quais 23% (7,8 milhões) eram alugadas, um aumento de 4,6 pontos percentuais, equivalente a 25%.

No mesmo período, a proporção de residências próprias quitadas caiu de 66,8% para 61,6%. Em 2024, o país possuía 47,7 milhões de residências próprias. Em números absolutos, o total de moradores que pagavam aluguel passou de 35 milhões para 46,5 milhões, enquanto aqueles que viviam em casas próprias quitadas diminuíram de 137,9 milhões para 132,8 milhões.

Concentração de riqueza e impacto social

De acordo com William Kratochwill, analista da pesquisa, o aumento proporcional de famílias que pagam aluguel indica uma concentração de riqueza e de posse de domicílios em um grupo menor da população. Segundo ele, trata-se de um fenômeno histórico e social.

“Se não se criam oportunidades para a população adquirir o seu imóvel, e a pessoa continua querendo ter sua independência e formar família, ela precisa recorrer ao aluguel”, explica Kratochwill.

O pesquisador também destaca que, apesar dessa concentração, os dados recentes do IBGE indicam crescimento no rendimento dos brasileiros, o que poderá permitir, a longo prazo, maior acesso à casa própria.

Kratochwill observa ainda que existem casos de pessoas que alugam seu próprio apartamento para morar em outro imóvel alugado.

Distribuição dos domicílios em 2024 – por condição de ocupação

  • Já quitado pelo morador: 61,6%
  • Alugado: 23
  • Ainda sendo pago: 6%
  • Cedido: 9,1%
  • Outra condição: 0,2%

Tendência de troca de casas por apartamentos

O IBGE também constatou uma mudança no tipo de moradia: a proporção de apartamentos aumentou de 13,7% em 2016 para 15,3% em 2024. Apesar das casas continuarem predominantes, sua participação caiu de 86,1% para 84,5%. Em números absolutos, 183,3 milhões de brasileiros moravam em casas e 28,2 milhões em apartamentos em 2024.

Kratochwill explica que essa tendência está relacionada à concentração urbana e à busca por proximidade de trabalho, serviços e infraestrutura urbana. Além disso, a segurança é apontada como fator que incentiva a construção de apartamentos, que oferecem condomínios com lazer e proteção.

A pesquisa identificou ainda que 0,2% dos domicílios eram considerados “habitação em casa de cômodo, cortiço ou cabeça de porco”, mantendo-se estável entre 2016 e 2024.

População total e distribuição regional

A edição especial da PNAD Contínua apontou que o Brasil tinha 211,9 milhões de habitantes em 2024. Quase metade da população (42%) residia na Região Sudeste, sendo São Paulo o estado com maior número de moradores, quase 46 milhões, correspondendo a 22% da população nacional.

Fonte: GZH




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