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Esgoto invade prédio em Copacabana e contamina até poço do elevador; moradores denunciam descaso da Águas do Rio

Moradores e comerciantes relatam conviver há décadas com mau cheiro e inundações de esgoto, enquanto reclamam de soluções paliativas da concessionária no coração da Zona Sul do Rio.

CBN
Esgoto invade prédio em Copacabana e contamina até poço do elevador; moradores denunciam descaso da Águas do Rio Foto: Reprodução

Moradores e comerciantes de Copacabana, na Zona Sul do Rio, vivem uma verdadeira crise sanitária. Um prédio localizado na Avenida Nossa Senhora de Copacabana, número 637, vem sendo invadido por esgoto, que já tomou até o poço do elevador. O mau cheiro é tão intenso que invade apartamentos e o hall do edifício, tornando a convivência quase insuportável.


Segundo os moradores, a tubulação da concessionária Águas do Rio cedeu por baixo da calçada, impedindo o escoamento normal do esgoto. Com isso, o líquido volta pelas caixas e transborda para dentro do prédio e da galeria comercial vizinha. O problema, afirmam os condôminos, se arrasta há décadas e nunca foi solucionado de forma definitiva.

Davi, proprietário de um restaurante no local, relatou à reportagem da CBN que a situação piorou nos últimos anos:


“Esse problema tem mais de 30 anos. Agora a saída de esgoto para a rua está quebrada e o fluxo não acontece. Já fizemos inúmeros pedidos, a Águas do Rio veio duas vezes, quebrou a calçada, mas não resolveu nada. O esgoto não escoa e o cheiro fica insuportável”, reclamou.


Eliana, funcionária do edifício, destacou que a situação afeta diretamente a qualidade de vida dos moradores:


“O cheiro vai até o quinto andar. Todos reclamam e não há resposta concreta. Quando chove, a situação fica ainda pior. Eles fazem um serviço ‘meia boca’ e não resolvem nada”, afirmou.


Outro morador, Klaus, denunciou que problema semelhante ocorre na Rua Anita Garibaldi, também em Copacabana. Lá, o esgoto retorna para dentro da garagem de um prédio, atingindo carros e contaminando o ambiente com um forte odor, agravado pela proximidade de uma peixaria.

Diante da pressão da reportagem e da presença da imprensa, equipes da Águas do Rio chegaram aos locais durante a gravação e iniciaram os trabalhos de reparo. No entanto, moradores seguem céticos quanto a uma solução definitiva.

O caso evidencia a fragilidade da infraestrutura de saneamento em uma das áreas mais valorizadas do Rio de Janeiro e reforça o impacto direto na saúde pública, na rotina dos moradores e na imagem de um dos principais cartões-postais da cidade.




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