Tutora de pitbull responderá criminalmente após ataque a Yorkshire em condomínio
Caso reacende debate sobre responsabilidade de tutores e regras de segurança para animais em áreas comuns de prédios e condomínios.

Tutora de pitbull é responsabilizada criminalmente após ataque a Yorkshire em condomínio
Um caso de violência entre animais dentro de um condomínio voltou a chamar a atenção para os deveres legais dos tutores e os riscos da falta de controle nas áreas comuns. A tutora de um pitbull responderá criminalmente após o cão atacar um Yorkshire em um condomínio, fato que gerou grande repercussão entre moradores e autoridades.
O episódio ocorreu quando o pitbull, sob responsabilidade de sua tutora, avançou contra o Yorkshire em área de circulação comum do edifício. O cão de pequeno porte sofreu ferimentos, o que mobilizou moradores e obrigou a intervenção imediata para conter o ataque. Segundo testemunhas, o pitbull não estava com todos os dispositivos de segurança exigidos para raças consideradas de grande porte, como focinheira, além da coleira e guia.
A Justiça decidiu enquadrar a tutora criminalmente, com base no artigo 936 do Código Civil, que estabelece a responsabilidade objetiva do tutor por danos causados por seus animais. Isso significa que não é necessário comprovar dolo ou culpa: o simples fato de o cão ter provocado o dano já gera responsabilização civil e penal. O caso, além da esfera criminal, pode resultar em processo de indenização por danos materiais e morais ao tutor do Yorkshire.
Especialistas em direito condominial reforçam que esse tipo de ocorrência evidencia a importância de regras claras nos regulamentos internos dos prédios sobre a circulação de animais em áreas comuns. “Casos como esse exigem que síndicos fiscalizem o cumprimento das normas internas e que os tutores assumam integralmente a guarda responsável de seus animais. A negligência pode resultar não apenas em riscos à segurança, mas em graves consequências jurídicas”, afirma um advogado consultado.
Moradores relataram momentos de tensão durante o episódio e destacaram o temor de que o ataque pudesse ter envolvido uma criança ou idoso no local. A situação gerou discussões sobre a necessidade de maior rigor na aplicação das regras condominiais e na fiscalização de animais de grande porte em espaços compartilhados.
O caso serve como alerta não apenas para condôminos, mas para todo o mercado imobiliário e gestores condominiais: a convivência harmoniosa depende do cumprimento das normas, do uso de equipamentos de segurança e da consciência de que a responsabilidade dos tutores vai além do afeto, alcançando também a esfera legal.
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