A atriz Marisa Orth, conhecida por papéis icônicos em comédias como Sai de Baixo e Toma Lá, Dá Cá, onde o condomínio muitas vezes era personagem central, compartilhou uma experiência real de vida condominial durante sua participação no Superlógica Next 2025, evento promovido pelo Grupo Superlógica e voltado para síndicos, administradoras e o mercado imobiliário.

Marisa relembrou um episódio inusitado: após chegar de um trabalho durante a madrugada, ficou presa no elevador do prédio onde morava.

“O botão de emergência não funcionava, eu gritava e ninguém atendia. O porteiro estava dormindo, porque fazia dois turnos e estava exausto”, contou.

Em meio ao frio e à vontade de ir ao banheiro, improvisou:

“Tirei dinheiro da carteira, coloquei no chão para sentar no quentinho. Pensei: ‘quando abrirem, vou estar toda mijada e é isso’”, brincou.

O resgate veio de forma inesperada. Um vizinho que treinava às 5h30 da manhã estranhou o elevador parado, abriu a porta e encontrou a atriz.

“Pulei feito gato selvagem e entrei direto no banheiro dele, sem nem conhecê-lo direito”, relembrou, arrancando risadas da plateia.

O episódio, porém, teve consequências sérias: o porteiro acabou sendo demitido por justa causa, decisão difícil para os moradores.

“Ele estava lascado de grana, mas imagina se fosse uma idosa ou uma gestante presa naquele elevador?”, refletiu Marisa, destacando a importância da segurança e do preparo das equipes em condomínios.

Questionada sobre ser síndica, Marisa respondeu com humor, mas também com seriedade:

“Eu poderia ser síndica, sim. Sou mandona, mas democrática. Acho que sei mediar conflitos e resolver problemas, mas é muito trabalho”.

No palco, a atriz também refletiu sobre as diferenças entre a ficção e a vida real:

“Na TV, tudo é ensaiado, tem direção, figurino. Já a vida real é uma avacalhação, ninguém ensaia nada. Os desafios da vida em condomínio são maiores que os da profissão”.

O Superlógica Next 2025 reuniu especialistas nacionais e internacionais para debater temas como inteligência artificial, inovação, transformação digital e gestão financeira aplicada ao setor condominial, colocando em evidência o futuro da moradia no Brasil.

Com seu estilo irreverente e autêntico, Marisa Orth transformou um perrengue pessoal em reflexão sobre os desafios e responsabilidades da vida em condomínio, mostrando que, na prática, a rotina pode ser ainda mais complexa que qualquer roteiro de comédia.