Marceneiro usa carro de som para cobrar calote de moradora em condomínio de alto padrão na Serra (ES)
Com dívida acumulada, profissional recorre a carro de som para pedir o pagamento em frente ao condomínio onde mora a devedora, causando repercussão e debate sobre formas de cobrança em condomínios.

Na Serra, Espírito Santo, um marceneiro adotou uma estratégia incomum para cobrar uma dívida de uma moradora residente em um condomínio. Frustrado com a falta de pagamento pelos serviços prestados, o profissional recorreu ao uso de um carro de som que circulou nas imediações do condomínio, veiculando mensagens públicas para exigir a quitação do valor devido. A ação, além de chamar a atenção dos moradores, gerou debate sobre os limites legais e éticos das cobranças extrajudiciais em ambientes residenciais.
Segundo apurado, o marceneiro prestou serviços de marcenaria para a moradora, que não efetuou o pagamento conforme combinado, acumulando uma dívida significativa. Diante da ausência de respostas às tentativas convencionais de cobrança, o profissional optou pelo método do carro de som, buscando pressionar a devedora a regularizar sua situação financeira.
A iniciativa, embora eficaz em atrair a atenção, dividiu opiniões entre os condôminos. Alguns moradores consideraram a atitude uma forma legítima de garantir os direitos do credor, enquanto outros expressaram preocupação quanto ao impacto da exposição pública sobre a imagem da moradora inadimplente e a harmonia da convivência no condomínio.
Especialistas em direito condominial e cobranças alertam para a necessidade de respeitar os limites da privacidade e da dignidade dos envolvidos, enfatizando que ações de cobrança devem priorizar meios formais, como notificações por escrito, mediação e, se necessário, ações judiciais. O uso de instrumentos que possam constranger publicamente o devedor pode configurar abuso e trazer consequências jurídicas para o credor.
Este caso ilustra o desafio crescente enfrentado por prestadores de serviços e fornecedores que atuam em condomínios residenciais de alto padrão, onde o não pagamento pode gerar prejuízos significativos, e a busca por soluções rápidas muitas vezes esbarra em questões éticas e legais que envolvem a convivência e o respeito mútuo entre moradores. O episódio reforça a importância de regulamentações claras e orientações sobre práticas adequadas de cobrança para preservar o equilíbrio social nesses ambientes.
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