Morador agride porteira após ter entrada negada em condomínio de Cuiabá (MT)
Funcionária foi agredida com um soco no rosto após seguir normas de segurança e barrar a entrada de morador sem cadastro. Caso gerou revolta e será investigado pela Polícia Civil.

Morador agride porteira após ter entrada negada em condomínio de Cuiabá por falta de cadastro
Um grave episódio de violência registrado em um condomínio de alto padrão localizado no bairro Jardim Itália, em Cuiabá, tem gerado ampla repercussão nas redes sociais e levantado discussões sobre a segurança e o respeito aos profissionais que atuam na portaria de edifícios residenciais.
Na manhã desta quinta-feira (13), câmeras de segurança do condomínio Belvedere I flagraram o momento em que uma porteira foi agredida com um soco no rosto por um morador, após ela ter se recusado a liberar o acesso dele ao prédio. A negativa se deu pelo fato de o homem não constar no sistema de cadastro de moradores – uma exigência obrigatória prevista nas normas internas do condomínio para controle de acesso e segurança dos residentes.
O vídeo mostra que, após uma discussão, o morador se aproxima da guarita e atinge a funcionária com um golpe no rosto, fazendo com que ela caia imediatamente. A agressão ocorreu em plena luz do dia e, segundo testemunhas, foi presenciada por outros trabalhadores do local.
A vítima, identificada apenas como Silvana, teve ferimentos leves, mas ficou em estado de choque com a violência do ato. Ela foi levada a uma unidade de saúde e posteriormente registrou boletim de ocorrência na Polícia Civil de Mato Grosso, que já instaurou inquérito para apurar os fatos. O caso foi encaminhado à Delegacia Especializada de Defesa da Mulher, e a conduta do agressor poderá ser enquadrada na Lei Maria da Penha, por se tratar de violência contra mulher em ambiente de trabalho.
O homem, que já foi identificado pelas autoridades, será investigado por lesão corporal e poderá responder criminalmente pela agressão. Até o momento, ele não se pronunciou oficialmente sobre o ocorrido.
A empresa terceirizada responsável pelos serviços de portaria do condomínio emitiu nota informando que está prestando apoio jurídico e psicológico à colaboradora, além de reforçar que ela agiu em estrita obediência às regras de segurança da edificação.
O caso gerou revolta entre os moradores e trabalhadores do condomínio, que exigem medidas mais rígidas contra o agressor. A administração do residencial ainda não divulgou nota oficial sobre o episódio.
Especialistas em segurança condominial alertam que casos de agressão contra porteiros e vigilantes têm se tornado cada vez mais frequentes, sobretudo diante do aumento de exigências por controle rigoroso de entrada e saída em condomínios. Para especialistas, esse tipo de situação reforça a necessidade de campanhas de conscientização e de protocolos que garantam a integridade física e moral dos profissionais de portaria, além de sanções rigorosas para coibir condutas violentas dentro de ambientes residenciais.
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