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CCJ da Câmara aprova arbitragem condominial para resolver conflitos entre vizinhos

Projeto de lei permite que convenções condominiais adotem câmaras de arbitragem para solucionar desentendimentos internos, evitando judicialização

Consultor Jurídico
CCJ da Câmara aprova arbitragem condominial para resolver conflitos entre vizinhos Foto: Reprodução

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (09), o Projeto de Lei 4.081/2021, que autoriza o uso da arbitragem em condomínios para resolver conflitos entre vizinhos. A proposta permite que as convenções condominiais estabeleçam cláusulas prevendo a utilização de câmaras arbitrais como forma alternativa de resolução de desentendimentos.

Segundo o texto, a arbitragem poderá ser usada para resolver disputas relacionadas ao uso das áreas comuns, barulho, obras, animais, vagas de garagem e outras controvérsias recorrentes na convivência condominial, desde que todos os condôminos estejam de acordo com a cláusula arbitral.

A relatora da proposta, deputada Caroline de Toni (PL-SC), ressaltou que a medida contribui para a pacificação social e ajuda a reduzir o volume de ações judiciais envolvendo relações de vizinhança.

“A arbitragem oferece um caminho mais rápido, eficiente e menos oneroso para solucionar conflitos cotidianos nos condomínios”, declarou.

A proposta insere um novo artigo no Código de Processo Civil, regulamentando expressamente a possibilidade de arbitragem em condomínios, desde que prevista na convenção. A medida já encontra respaldo no ordenamento jurídico atual, mas agora ganha força com a previsão legal específica.

Especialistas em direito condominial e arbitragem veem a proposta como um avanço na modernização da administração condominial e na promoção de soluções extrajudiciais. A medida pode contribuir significativamente para a desjudicialização dos conflitos de convivência urbana, frequentemente levados ao Judiciário por ausência de mecanismos mais céleres e eficazes.

O projeto segue agora para votação no plenário da Câmara dos Deputados. Se aprovado, poderá transformar a forma como são tratados os conflitos em condomínios por todo o Brasil.




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