Praia da Riviera em Bertioga (SP) fica imprópria para banho e condomínio é multado

Pela primeira vez desde outubro de 2020, a Praia de São Lourenço, em Bertioga (SP), que atende a Riviera de São Lourenço e o Jardim São Lourenço, litoral paulista, foi classificada como imprópria para banho pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb).

A decisão ocorreu após a detecção de níveis elevados de bactérias na água, indicando possível contaminação relacionada a falhas no sistema de esgoto. Moradores da região relataram forte mau cheiro, o que levou a uma investigação e à aplicação de uma multa ao condomínio responsável.

Segundo a Cetesb, a contaminação pode estar associada ao despejo irregular de esgoto, exigindo que o condomínio adote medidas imediatas para solucionar o problema. A administração do empreendimento afirmou que já iniciou providências para adequação do sistema de saneamento e que está colaborando com as autoridades ambientais.

Enquanto isso, especialistas recomendam que banhistas evitem o contato com a água até que a qualidade seja restabelecida. Além disso, destacam a importância do monitoramento contínuo da balneabilidade e da infraestrutura sanitária em áreas residenciais próximas ao litoral.

O episódio reforça a necessidade de fiscalização rigorosa para evitar danos ambientais e riscos à saúde dos moradores e visitantes.

Como condomínios podem evitar problemas de saneamento e garantir praias próprias para banho?

A contaminação da Praia da Riviera, em Bertioga, expôs um problema recorrente em áreas litorâneas: a gestão inadequada do saneamento básico por condomínios e empreendimentos próximos à orla. Para evitar que situações semelhantes se repitam, especialistas recomendam medidas preventivas e corretivas que garantam a preservação ambiental e a qualidade das praias.

Manutenção regular do sistema de esgoto

Condomínios devem realizar inspeções frequentes nas redes de esgoto e drenagem, identificando vazamentos ou falhas estruturais que possam comprometer o meio ambiente. Contratar empresas especializadas para vistorias periódicas pode evitar autuações e proteger os moradores.

Conformidade com normas ambientais

O sistema de tratamento de esgoto precisa estar de acordo com as normas da Companhia Ambiental do Estado (CETESB) e demais órgãos reguladores. O despejo irregular de efluentes pode resultar em multas, como ocorreu no caso da Riviera, além de comprometer a balneabilidade das praias.

Uso de estações de tratamento eficientes

Condomínios de grande porte devem investir em Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs) modernas, garantindo que os efluentes lançados no meio ambiente estejam dentro dos padrões exigidos para evitar contaminação do solo e das águas.

Monitoramento contínuo da qualidade da água

A análise periódica da qualidade da água é fundamental para identificar anomalias antes que se tornem um problema maior. Parcerias com empresas de monitoramento ambiental permitem a rápida detecção de irregularidades e a adoção de medidas corretivas.

Gestão responsável dos resíduos sólidos

O descarte inadequado de lixo também contribui para a poluição costeira. É essencial que condomínios tenham programas de reciclagem e descarte correto de resíduos, evitando que materiais como plásticos e óleos acabem nos sistemas de esgoto ou no mar.

Conscientização dos moradores e frequentadores

Ações educativas sobre o impacto do descarte incorreto de resíduos e o uso responsável das redes de esgoto ajudam a evitar problemas ambientais. Condomínios podem promover campanhas para orientar moradores sobre boas práticas ambientais.

Fiscalização e denúncias de irregularidades

Os próprios condôminos podem atuar na fiscalização, denunciando qualquer indício de despejo irregular de esgoto. Ações preventivas e a comunicação rápida com órgãos ambientais podem impedir que pequenos problemas se tornem crises ambientais.

Como garantir a qualidade ambiental de praias próximas a condomínios?
A implementação dessas medidas evita sanções e preserva a qualidade de vida dos moradores, além de garantir que praias permaneçam próprias para banho. O compromisso com boas práticas de saneamento não é apenas uma obrigação legal, mas também um dever socioambiental.