Publicidade

Assembleia do Edifício JK termina em polêmica com síndico autodeclarado eleito e protestos de moradores

Em meio a vaias, acusações de ilegalidades e discussões sobre procurações, oposição questiona validade da eleição e anuncia ação judicial.

G1
Assembleia do Edifício JK termina em polêmica com síndico autodeclarado eleito e protestos de moradores Foto: Reprodução

A eleição para o cargo de síndico do Edifício JK, em Belo Horizonte, realizada na manhã desta terça-feira (30), terminou em clima de tensão e protestos. O aliado da ex-síndica Maria Lima das Graças, que permaneceu à frente do condomínio por 40 anos, se autodeclarou síndico eleito, enquanto moradores questionaram a legalidade da votação e a documentação apresentada.

O encontro, conduzido pelo síndico em exercício Manoel Gonçalves, ocorreu em uma sobreloja do Bloco B, com auditório lotado. Foram contabilizados votos de proprietários ou de representantes com procuração, mas a oposição alegou que as autorizações não foram apresentadas, impedindo a verificação da autenticidade das procurações. Manoel negou qualquer irregularidade na eleição.

Moradores contrários ao síndico autodeclarado planejam questionar judicialmente a eleição. Eles argumentam que o regimento do condomínio prevê que a escolha de novos administradores deve ocorrer em assembleias ordinárias bienais, e não em reuniões extraordinárias, como a realizada nesta terça-feira. Além disso, contestam a legalidade de discussões sobre confirmações de medidas da gestão anterior e autorizações para ações da gestão interina.

A oposição pretende criar um cadastro único para auditar e organizar os votos dos condôminos, reforçando a transparência das próximas deliberações. Durante a assembleia, os proprietários contrários às medidas propostas protestaram em coro contra todas as propostas apresentadas.

A eleição ocorre às vésperas da primeira audiência judicial sobre a administração do Edifício JK, marcada para 7 de outubro. O processo, iniciado em 2023, investiga denúncias de irregularidades durante a gestão do condomínio.

Em 2021, Maria Lima das Graças e Manoel Gonçalves foram indiciados pela Polícia Civil por crime ambiental relacionado à instalação irregular de grades na rampa de acesso. Dois anos após o tombamento do prédio, ambos foram denunciados pelo Ministério Público por falta de conservação, incluindo ausência de laudos obrigatórios, como o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB), e problemas estruturais como infiltrações e falhas de impermeabilização.

O MP afirmou que a omissão da gestão contribuiu para a deterioração do edifício, considerado de relevante interesse ambiental e cultural. O caso evidencia a importância de administração diligente e cumprimento das normas condominiais, garantindo segurança e preservação do patrimônio coletivo.








COMENTÁRIOS

Buscar

Alterar Local

Anuncie Aqui

Escolha abaixo onde deseja anunciar.

Efetue o Login