Publicidade

Serviços de delivery em condomínios: entenda quais são as regras

Caso reacende debate sobre regras de acesso em condomínios; especialistas defendem equilíbrio entre segurança e bom senso em situações emergenciais.

G1 Pernambuco
Serviços de delivery em condomínios: entenda quais são as regras Foto: Reprodução

Prestador de serviço é barrado em condomínio e idosa de 80 anos enfrenta dificuldades: especialistas explicam regras de acesso

Um caso ocorrido em Pernambuco reacendeu o debate sobre as regras de acesso de prestadores de serviço em condomínios e os impactos diretos para moradores, especialmente idosos. A denúncia foi enviada por uma telespectadora ao programa Bom Dia Pernambuco, da TV Globo, relatando que, em seu condomínio, um motorista de aplicativo não pôde entrar para buscar uma senhora de mais de 80 anos que havia passado mal.

Segundo a moradora, o bloco da idosa fica a mais de um quilômetro da portaria, o que agravou a situação e levantou questionamentos sobre a necessidade de maior flexibilidade em casos de emergência.

O que dizem os especialistas

Em entrevista ao telejornal, Jefferson Henrique, vice-presidente do Conselho de Administração do estado, destacou que os condomínios devem seguir seu regimento interno e estatuto, mas que o bom senso precisa prevalecer em situações excepcionais.

“Quando falamos de uma senhora de 80 anos em situação de emergência, o ideal seria que houvesse autorização especial para a entrada do motorista. O problema é que, quando se abre exceção, corre-se o risco de que outras pessoas tentem se aproveitar da situação. Por isso, é fundamental que moradores participem das assembleias e proponham regras específicas para casos de saúde e mobilidade”, explicou Henrique.

Segurança x acessibilidade

A restrição ao acesso de entregadores, motoristas de aplicativo e outros prestadores de serviço é cada vez mais comum em condomínios, segundo o especialista. A medida busca evitar ocorrências de segurança, como prestadores que, após liberados, circulam por áreas não autorizadas ou utilizam o acesso para práticas criminosas.

No entanto, Henrique destacou que nada impede que o regimento interno inclua parágrafos específicos que garantam exceções em casos de emergência ou em situações que envolvam moradores idosos e pessoas com mobilidade reduzida.

Outras dúvidas de moradores

Durante a participação no programa, outras questões foram levantadas pelo público. Uma delas dizia respeito à utilização de vagas rotativas para parentes de moradores que não possuem veículo. Nesse caso, o especialista esclareceu que a vaga só pode ser usada se houver previsão no regulamento interno.

“Se o condomínio prevê vaga rotativa, parentes podem utilizá-la sem problemas, desde que respeitem o tempo de uso. Caso contrário, não é possível exigir esse direito”, reforçou.

Importância da participação dos condôminos

Para Jefferson Henrique, situações como a relatada evidenciam a necessidade de maior engajamento dos moradores nas decisões coletivas do condomínio. “É nas assembleias que se definem as regras. Se há uma demanda recorrente, como a de idosos que precisam de acesso facilitado, o ideal é formalizar isso no regulamento para que não haja dúvidas quando situações de urgência ocorrerem”, concluiu.

O caso segue repercutindo e levanta discussões sobre o equilíbrio entre a segurança condominial e o bem-estar dos moradores, sobretudo os mais vulneráveis.




COMENTÁRIOS

Buscar

Alterar Local

Anuncie Aqui

Escolha abaixo onde deseja anunciar.

Efetue o Login