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Guarda-corpos e a norma NBR 14.718: proteção e conformidade em construções

Entenda a importância da norma técnica para a segurança de varandas e sacadas


 Guarda-corpos e a norma NBR 14.718: proteção e conformidade em construções

Guarda-corpos devem atender à norma técnica NBR 14.718

Os guarda-corpos são as estruturas utilizadas em varandas e sacadas, por exemplo, a fim de oferecer proteção às pessoas que circulam por ali. No entanto, para que sejam de fato eficientes, devem por obrigação seguir as determinações da NBR 14.718.

Compõem a grande maioria dos prédios e edifícios, mais do que nunca presentes na tendência atual de apartamentos com varandas. Além da alvenaria, os materiais mais utilizados são o alumínio – com ou sem vedação de vidro – e o ferro, metal que pode ser trabalhado de acordo com o projeto do arquiteto. 

Por este motivo, quando se trata de qualidade e padrões no projeto e produção de guarda-corpos, a referência para o mercado da construção civil é a ABNT NBR 14.718, criada em 2001 e revisada em 2008. 

O fato de o ambiente técnico questionar a viabilidade prática de determinados dispositivos do texto, considerados desnecessários ou mesmo restritivos do ponto de vista de desenho e implementação, foi o principal fator decisivo para a revisão.

Bem, se você deseja saber mais sobre os guarda-corpos e a NBR 14.718, fique ligado neste artigo. Iremos explicar tudo que você precisa saber! Acompanhe!

O que é um guarda-corpos?

O guarda-corpos é como se chama a estrutura responsável por fornecer segurança para pessoas que transitam a uma altura acima de 1 metro do nível inferior. Assim pode ser em sacadas, varandas, terraços, rampas, escadas, entre outros. 

Também conhecido como parapeito, serve como uma ferramenta de proteção para evitar que pessoas (sejam adultos ou crianças) tenham um acidente ao cair de degraus ou desníveis entre um andar e outro, resultando em ferimentos graves ou até mesmo a morte.

Outro uso desse elemento pode ser aprimorar projetos arquitetônicos que visam uma maior visibilidade ou embelezamento. Além da segurança, a beleza oferecida pelo guarda corpo cria uma estrutura diferenciada que acaba captando a atenção do público.

No entanto, para que ofereça verdadeiramente proteção aos usuários, é preciso que esta estrutura seja construída e utilizada seguindo algumas regras determinadas pela NBR 14.718. Essa é a norma responsável pelo assunto. 

Vamos falar mais sobre ela a seguir mas, antes, veja os diferentes tipos de guarda-corpos, segundo as definições descritas na norma, através do item 3:

Tipos de Guarda-corpos (definições)

  • Guarda-corpo: Elemento construtivo de proteção, com ou sem vidro, para bordas de sacadas, escadas, rampas,
  • Mezaninos e passarelas: É também denominado gradil e balaustrada.
  • Gradil: Tipo de guarda-corpo constituído essencialmente de perfis, apresentando a configuração de grade.
  • Montante: Perfil que constitui os elementos verticais de um guarda-corpo, ou de qualquer parte integrante deste.
  • Travessa: Perfil que constitui os elementos horizontais ou inclinados de um guarda-corpo, ou de qualquer parte integrante deste.
  • Peitoril: Travessa situada na parte superior do guarda-corpo.
  • Ancoragem: Sistema utilizado para fixação estrutural do guarda-corpo ou de seus componentes à laje de piso ou à cinta de concreto.
  • Insert: Elemento estrutural (pinos, chumbadores fixos ou de expansão e grapas) do sistema de fixação ao concreto, em aço inox AISI 302, 304 ou 3161)
  • Conexão: Elemento de união entre partes ou componentes do guarda-corpo.
  • Gaxeta ou guarnição para guarda-corpos: Elemento auxiliar para fixação, com propriedades elásticas.

O que diz a NBR 14.718

A NBR 14.718 tem como principal objetivo fixar e determinar cada uma das condições exigíveis de guarda-corpos a fim de serem utilizados nas edificações para uso residencial e comercial. 

Muito importante ressaltar que a norma não é aplicável ao guarda corpo utilizado em passarelas sobre ruas, avenidas, ginásios de esportes ou ainda locais onde exista uma grande tendência de aglomeração pública. Estas situações têm definições diferentes. 

Dessa forma, a NBR 14.718 esclarece os seguintes assuntos do tema:

  1. Objetivo
  2. Referências normativas
  3. Definições
  4. Requisitos gerais
  5. Requisitos específicos
  6. Amostragem
  7. Aceitação
  8. Manutenção

Além disso, nos seus anexos você encontra as determinações: do esforço estático horizontal; do esforço estático vertical; e da resistência a impactos. Além disso, você poderá ver também todas as referências bibliográficas sobre a durabilidade. 

05 especificações obrigatórias do guarda-corpo

Veja abaixo as principais especificações a respeito do guarda-corpo para que ele seja construído e utilizado de modo que ofereça verdadeiramente a proteção desejada. 

1) Altura do guarda-corpos

Segundo a NBR 14.718, a altura mínima do guarda-corpo deve ser de 1,1m conforme a figura abaixo. Mas isso para aquelas estruturas onde a mureta inferior seja menor ou igual a 200mm, ou maior que 800mm. 

Nos casos em que a altura da mureta estiver entre 200 mm e 800 mm, a altura mínima do guarda-corpo deverá ser de 900 mm.

2) Desnível

Havendo desníveis que sejam superiores a 10cm (com a exceção de escadas ou rampas) deverá ser incluído um prolongamento dos guarda-corpos de no mínimo 30cm após o término do nível superior. Essa medida reforça a segurança do produto.

3) Ancoragem

A NBR 14.718 determina que para o guarda-corpo seja fixado adequadamente, é preciso fazer uma ancoragem no concreto de no mínimo 70 mm de profundidade – sem levar  em consideração a espessura do piso.

4) Espaçamento 

O espaçamento entre perfis não paralelos, como no caso de estruturas que compõem algum tipo de desenho ornamental que não esteja em linhas retas e não tiverem o vão preenchido com vidro, estando aberto e livre, deverão seguir esta referência de espaçamento:  0,25 m × 0,11 m × 0,11 m. Ou seja, de forma que não seja possível passar pela fenda qualquer elemento ou objeto maior que estas dimensões.

Conclusão

Os guarda-corpos são importantes estruturas para assegurar a vida e evitar muitos acidentes que podem ser ocasionados por quedas. Por este motivo, devem seguir à risca as recomendações da NBR 14.718, bem como as demais normas relativas à sua construção.

Por este motivo, lembre-se de consultar sempre um especialista no assunto para fazer tudo corretamente, evitando riscos desnecessários. Além disso, a empresa fica em dia com a legislação, o que também evita uma série de possíveis processos contratuais. 


Fonte: Sienge, Gustavo Prata




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